Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2016 – O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento comemorou nesta quarta-feira (24) o centenário do
Serviço de Inspeção Federal (SIF) em um evento no Palácio Itamaraty, em
Brasília. A ministra Kátia Abreu afirmou que a confiabilidade no serviço
prestado projetou o agronegócio brasileiro para o mundo.
O evento, promovido pelo Mapa, homenageou fiscais federais
agropecuários que deram importantes contribuições para o serviço de
inspeção ao longo dos anos e entregou o troféu comemorativo dos 100 anos do
SIF aos estabelecimentos com registro mais antigo nas áreas de carne, pescado,
ovos, leite e mel. O ministério ainda anunciou um conjunto de ações
programadas para este ano em comemoração ao centenário.
“A confiabilidade adquirida pelo SIF ao longo dos anos, permitiu a
projeção dos produtos de origem animal brasileiros no mercado internacional,
posicionando o país entre os principais exportadores mundiais e levando a
produção de nossa pecuária a mais de 180 países”, afirmou a ministra.
O SIF é reconhecido pelo tradicional carimbo impresso nas embalagens
dos produtos de origem animal inspecionados pelo Mapa. Foi criado em 1915,
quando o governo instituiu o Serviço de Inspeção de Fábricas de Produtos
Animais – momento em que o Brasil começava a estruturar um mecanismo de
controle sanitário de produtos de origem animal no país.
Sob o comando do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal (Dipoa), o SIF atua hoje em 5.010 estabelecimentos brasileiros que
realizam o comércio interestadual ou internacional de produtos de origem
animal, nacionais e internacionais com corpo técnico de 2.587 servidores. O
serviço está presente em todos os estados brasileiros e em cerca de 1.535
municípios, o que significa que há uma unidade do serviço de inspeção a
cada quatro cidades.
Referência
Kátia Abreu afirmou que o SIF, um dos símbolos mais conhecidos do
governo federal, realizou eficaz trabalho de medicina preventiva no país e se
tornou referência nacional e internacionalmente.
“Protagonista nas diversas fases da história da inspeção de
produtos de origem animal no país, o SIF foi capaz de se adaptar e evoluir,
modernizando procedimentos para acompanhar o crescimento do parque industrial e
tecnológico brasileiro, assim como as diferentes exigências impostas pelos
países importadores”, discursou.
O secretário de Defesa Agropecuária, Luís Eduardo Rangel, afirmou que,
por trás do conhecido carimbo do SIF, há um trabalho complexo que extrapola a
defesa agropecuária e percorre outras áreas da produção. “Percorre os
insumos, todo o processo de defesa e chega ao final da cadeia com a qualidade
que a sociedade brasileira espera dos serviços públicos federais”, disse.
Desafios
A ministra falou sobre os desafios para os próximos anos do serviço de
inspeção do Mapa e destacou a importância de se disseminar conhecimento e
experiência com todos os componentes do Sistema Brasileiro de Inspeção de
Produtos de Origem Animal. Além do SIF, existem ainda os serviços de
inspeção dos estados (SIE) e dos municípios (SIM).
“O SIF deve atuar como norteador dos serviços estaduais e municipais
para que efetivamente tenhamos a estruturação de um mercado único
brasileiro”, disse a ministra, acrescentando ainda a necessidade de se incluir
pequenos e médios produtores.
Anunciou a criação de um centro tecnológico de referência em pesquisa
agropecuária, que funcionará juntamente com o Laboratório Nacional
Agropecuário (Lanagro) de São Leopoldo (MG). “Vamos desenvolver metodologias
específicas, voltadas para a sanidade dos animais e a inocuidade das
plantas”, disse.
“A defesa agropecuária brasileira, que já é uma das melhores do
mundo, agora precisa ser reconhecida por todo o mundo como tal”, ressaltou a
ministra, que destacou também que o aumento da prod ução agropecuária deve
necessariamente ser acompanhado por qualidade, ciência, inovação, pesquisa e
competitividade.
Kátia Abreu afirmou ainda que, em maio de 2016, mais 14 estados
brasileiros deverão ser reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE) como livres de peste suína clássica. Ela espera que em 2017 o
país seja também reconhecido como zona 100% livre de febre aftosa com
vacinação. As informações partem da Assessoria de Comunicação Social do
Mapa.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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