Porto Alegre, 25 de janeiro de 2017 – A Associação Brasileira dos
Criadores de Zebu (ABCZ) apresentou ao Ministro da Agricultura e Pecuária,
Blairo Magi, um projeto para transformação do Pró-genética em uma política
pública nacional. O pedido tem sido reforçado e defendido por deputados
federais da bancada ruralista em Brasília (DF).
“É um projeto de grande interesse para o Brasil, com alto alcance
social. Com ele, a ABCZ incentiva o uso de tecnologia e contribui para que,
através do touro PO, pequenos produtores consigam ter acesso ao melhoramento
genético”, opina Marcos Montes, Deputado Federal que é presidente da Frente
Parlamentar da Agropecuária (FPA), garantindo que vai defender a aprovação do
programa.
O deputado José Silva, que estava à frente da Emater durante a criação
da primeira edição do Pró-genética, também reforçou a importância do
programa, garantindo que irá se empenhar junto ao Ministro da Agricultura e
Secretário Especial da Agricultura Familiar. “Vou me empenhar diretamente
para a viabilização dessa proposta. E até mesmo mobilizar o congresso para
reforçarmos esse pedido. Afinal, hoje 84% dos produtores são agricultores
familiares e não têm acesso a genética superior. A partir do momento que
disponibilizamos esse material de alta performance a eles, conseguimos melhorar
a produtividade, a renda e a qualidade de vida”, completa.
Pela proposta da ABCZ, o governo federal subsidiará 50% dos touros
melhoradores para pequenos produtores e possibilitará o financiamento da outra
metade do valor. Lauro Fraga, gerente do Pró-genética, conta que a intenção
é que a concessão deste benefício seja feita uma única vez, por cadastro do
CPF do agricultor familiar interessado. “Com isso, vamos estimular a
transferência de tecnologia para esse grupo que representa grande parcela da
nossa produção nacional, mas que para isso utiliza animais sem padrão
genético, limitando a produtividade e a qualidade”, ressalta.
Com o projeto, a melhoria dos índices zootécnicos e econômicos na
atividade é certa. Segundo estudos recentes do CEPEA, para cada R$ 1,00
aplicado em genética, tem-se o retorno de até R$ 4,00 sobre o valor investido.
(Sergio De Zen et al 2015).No Brasil, são 5.175.489 de estabelecimentos
rurais, sendo 84,4% de agricultura familiar. Os pequenos produtores contribuem
com a produção de 58% do leite no Brasil e 30% da carne. “Historicamente a
ABCZ tem formado parcerias sólidas e produtivas com todas as instâncias de
governo e instituições públicas e privadas. Estamos confiantes de que vamos
conseguir desenvolver mais esse projeto, que, sem dúvida, vai estimular o
crescimento da pecuária nacional”, afirma Rivaldo Machado Borges, diretor da
ABCZ.
Vale lembrar que o programa foi criado em Minas Gerais em 2006 em parceria
com a SEAPA-MG, EMATER, EPAMIG e IMA com intuito de promover o acesso à
genética de qualidade por pequenos e médios produtores rurais. Com o tempo, o
Pró-Genética se espalhou por 17 estados. Ao todo, já foram comercializados
aproximadamente 15 mil reprodutores zebuínos puros e registrados. As
informações partem da assessoria de imprensa da ABCZ.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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