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CARNES: Adapar emite nota técnica sobre influenza aviária e orienta produtores do Paraná

12 de dezembro de 2022
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Porto Alegre, 12 de dezembro de 2022 – A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar)
emitiu na última sexta-feira (9) uma nota técnica, com vistas a esclarecer sobre casos de
influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) registrados na América do Sul desde outubro.
Apesar de o Brasil e, consequentemente, o Paraná serem livres da doença, o Estado alerta sobre os
cuidados que os produtores de aves precisam ter.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), foram confirmados, até o final de
novembro, 22 focos em aves silvestres e domésticas de subsistência na Colômbia, Venezuela,
Equador e Peru. Nos dois últimos houve registro da doença em aves de criação industrial.

O Chile também notificou foco em aves silvestres, assim como outras partes do mundo, no que
pode ser o maior e mais letal ciclo de influenza aviária da história.

“Considerando o impacto potencial da doença para a avicultura nacional, a segurança alimentar
e a saúde pública e, ressaltando as perdas diretas e indiretas para a cadeia produtiva, é
necessário o fortalecimento da biosseguridade, a fim de mitigar riscos de ingresso e disseminação
da influenza aviária de alta patogenicidade no País”, alertam o presidente da Adapar, Otamir Cesar
Martins, e o gerente de Defesa Animal, Rafael Gonçalves Dias, que assinam a nota técnica.

A nota registra que, além da mortalidade massiva de aves marinhas, aquáticas e aves de rapina,
há relatos de infecções em mamíferos selvagens, como raposas, lontras e focas. “Embora os surtos
atuais contemplem baixo número de infecções humanas, todas as cepas de H5N1 apresentam riscos
zoonóticos”, reforça a Adapar.

DOENÇA

A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e
silvestres, muitas vezes resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e
para o meio ambiente. A influenza aviária de alta patogenicidade é considerada exótica no Brasil,
ou seja, nunca foi detectada no território nacional.

Essa doença complexa é causada por vírus divididos em múltiplos subtipos (H5N1, H5N3, H5N8,
etc.), cujas características genéticas evoluem com grande rapidez.

A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela mortalidade
elevada de aves, que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como: andar cambaleante,
torcicolo, dificuldade respiratória e diarreia.

O vírus da doença possui transmissão horizontal de ave para ave, diretamente a partir de
secreções do sistema respiratório e digestivo, e indiretamente por equipamentos, roupas,
calçados, insetos, aves e animais silvestres, alimentos e água contaminados.

EPIDEMIOLOGIA

Os principais fatores que contribuem para a introdução e transmissão da influenza aviária
são: a exposição de aves comerciais, domésticas ou de subsistência a aves silvestres
migratórias, infectadas com o vírus da influenza aviária; o intenso fluxo de pessoas e
mercadorias ao redor do mundo, que aumenta o risco de disseminação de doenças; e vendas de aves
vivas em mercados ou feiras, por facilitar o contato próximo entre diferentes espécies de aves e
outros animais, incluindo o homem. “Não há evidências de que a doença possa ser transmitida às
pessoas por meio de alimentos devidamente manipulados e bem cozidos”, salienta a Nota Técnica da
Adapar.

A maioria dos casos de introdução do vírus da influenza aviária e da ocorrência de surtos
em diversos países está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de
subsistência.

O período de migração de aves para o Hemisfério Sul começa em novembro, estendendo-se até
março ou abril. “Nesse período, a vigilância deve ser intensificada, assim como as medidas de
biosseguridade na produção de aves”, reforçam os técnicos da Adapar.

A intensificação das ações de vigilância segue as estratégias delineadas pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que incluem, por exemplo, a coleta de amostras de aves de
subsistência criadas em locais de circulação de aves migratórias.

PREVENÇÃO

A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação
oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a
disseminação.

Entre as orientações práticas aos produtores, a Nota Técnica destaca:

1 – Não receber nas propriedades e, especialmente nas granjas, pessoas não vinculadas ao sistema
produtivo, exceto o Serviço Veterinário Oficial do Estado (Adapar). A recomendação é redobrada
para pessoas provenientes do Exterior, estrangeiros ou brasileiros.

2 – Sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas.

3 – Desinfetar todos os veículos que acessem a propriedade.

4 – Em caso de viagem ao Exterior, ao voltar, lavar todas as roupas e sapatos.

5 – Evitar o contato dos animais das granjas com outras aves, especialmente aves silvestres.
Verificar as telas dos aviários. Devem estar íntegras e impedindo a entrada de outros animais nos
aviários.

NOTIFICAÇÃO

A Nota Técnica alerta ainda que todas as suspeitas de ocorrência de influenza aviária devem
ser notificadas imediatamente para a Adapar. A notificação de suspeita pode ser realizada por
qualquer cidadão, presencialmente ou por telefone em qualquer Unidade Local da Adapar, ou,
diretamente, por meio da plataforma e-Sisbravet.

AÇÕES

A Adapar vem realizando vigilância ativa nas propriedades rurais do Paraná, seja em
estabelecimentos comerciais de produção, reprodução ou postura. Além disso, todas
notificações recebidas de suspeitas são atendidas prioritariamente.

O órgão de defesa agropecuária também tem promovido a capacitação e o treinamento de
profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, e conta com médicos veterinários com
dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada na área para atendimento das questões
sanitárias da cadeia avícola do Estado.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolveu um plano de contingência
para uma eventual introdução da doença no País e mantém vigilância permanente no território
nacional, incluindo portos, aeroportos internacionais, correios, postos de fronteira e estações
aduaneiras do interior.

Em julho de 2022, também foi publicado o novo Plano de Vigilância para Influenza Aviária,
contemplando a revisão de diretrizes para o atendimento e identificação de casos suspeitos e para
a vigilância permanente da doença, por parte dos serviços veterinários oficiais. As
informações partem da Agência Estadual de Notícias do Paraná (AEN).

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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