CARNES: Analistas esperam retomada da exportação à China em poucos dias

Porto Alegre, 6 de setembro de 2021 – As ações das empresas exportadoras
de carne sobem após a anúncio de suspensão de importação pela China.
Analistas avaliam que as ações podem desvalorizar no curto prazo, mas esperam
que as exportações sejam retomadas em alguns dias. Às 15h44 (horário de
Brasília) o papel da Minerva (BEEF3) tinha a maior alta do Ibovespa, de 6,93%,
a R$ 8,33, enquanto o da JBS (JBSS3) avançava 2,63%, a R$ 31,92 e MarfrIg
(MRFG3) ganhava 2,99%, a R$ 21,98.

A suspensão das exportações para a China, por tempo indeterminado,
ocorre após o governo brasileiro confirmar em Mato Grosso e Minas Gerais casos
de “vaca louca”, como é conhecida a Encefalopatia Espongiforme Bovina
Atípica (EEB), seguindo o protocolo sanitário estabelecido entre os dois
países.

A Genial Investimentos considerou a suspensão preocupante, já que a China
é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, somando
59% da receita de exportações do produto, mas que a suspensão deve durar
alguns dias e não deve ter impacto a longo prazo.

“Esperamos ver uma reação negativa do mercado perante as ações dos
principais frigoríficos (JBS, Marfrig e Minerva), provavelmente sofrendo uma
desvalorização no curto prazo. Contudo, esperamos que a suspensão nas
exportações não dure mais que alguns dias (em 2019 quando houve um caso
parecido, durou 13 dias). No mais longo prazo, continuamos positivos com as
perspectivas para o setor, principalmente para a JBS”, disse a Genial, em nota.

A Ativa Investimentos espera as exportações de carne para a China devem
ser retomadas em cerca de 20 dias e cita que a China tem interesse na
liberação da carne brasileira o mais cedo possível, devido à persistência
da gripe suína e às restrições de exportação de carne argentina.

“Das empresas listadas, a Minerva é a mais afetada pela situação, uma
vez que concentra parte maior da produção no Brasil e é altamente dependente
de exportação à China. Já a Marfrig e a JBS, com mais de 70% da receita
proveniente dos EUA, devem ser menos impactadas pela situação”, disse. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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