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CARNES: Angus busca novos mercados para produto premium na China

29 de abril de 2016
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Porto Alegre, 29 de abril de 2016 – Um dos principais destinos da
exportação de carne bovina brasileira, a China tem potencial para se tornar,
em pouco tempo, um importante cliente da cortes Premium do país. O país
asiático, que tem estreitado relações comerciais com o Brasil, já figura
entre os principais clientes dos produtos agropecuários brasileiros e, só em
março deste ano, comprou US$ 2,8 bilhões em produtos agropecuários, alta de
25,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

De olho nesse mercado em crescimento vertiginoso, a Associação Brasileira
de Angus fez as malas rumo ao Oriente para participar, de 5 a 7 de maio, do
Salão Internacional de Alimentação (Sial) China 2016, em Xangai. O objetivo
é estreitar relações comerciais com redes varejistas ou entrepostos que
estejam interessados em comercializar a Carne Angus Certificada do Brasil em
nichos do mercado chinês, o que, isoladamente, já representa uma demanda
gigante a ser atendida. “Tudo no mercado chinês é superlativo. Abrir as
vendas para este país representa muito”, admite o gerente do Programa Carne
Angus Certificada, Fábio Medeiros.

Para acelerar os negócios, a Angus promoverá, em parceria com a
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e com
apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil), o Brazilian Angus Day China, no dia 6 de maio no estande
Brazilian Beef no Sial.

Desde a reabertura do mercado chinês, em junho de 2015, até março, mais
de US$ 626 milhões em carne bovina já foram embarcadas. Em 2016, a China tem
representado 12% do volume de exportações de carne in natura. Segundo a
Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o
prognóstico é que as vendas continuem se elevando e que o Brasil supere as 200
mil toneladas de exportações para aquele país em 2016, tornando-se também o
maior fornecedor do produto ao mercado chinês. Segundo o presidente da Abiec,
Antonio Jorge Camardelli, a expectativa é que os embarques para o mercado
chinês alcancem entre US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão este ano.

A conquista desses clientes representará um novo desafio aos criadores e
à indústria nacional, alerta o presidente da Associação Brasileira de Angus,
José Roberto Pires Weber. “Precisaremos ampliar a escala de produção, e,
para isso, teremos que ser mais produtivos. Mas também precisaremos contar com
novos investidores dispostos a trabalhar com cria, recria e engorda. A China
pode significar um novo estágio na pecuária brasileira”, pontuou, lembrando
da importância de criar alternativas no mercado internacional que não deixem
as exportações de cortes nobres tão dependentes do mercado europeu.

Uma das estratégias a ser adotada no Sial, acrescenta Medeiros, é
conquistar o paladar do consumidor chinês, mostrando a adaptabilidade da Carne
Angus Brasileira à culinária internacional, e convencê-lo que vale pagar um
pouco mais. “A China tem excelente potencial para tornar-se um importante
destino para Carne Gourmet Brasileira” , salientou. Enquanto no Brasil o
consumo per capita de carne oscila entre 35 e 40 quilos/ano, na China fica entre
4 a 6 quilos/ano. “Há muito o que crescer em consumo e ainda temos uma
nação com 1,3 bilhão de pessoas”, estimou Medeiros, lembrando que o poder
de consumo das famílias chinesas vem aumentando consideravelmente nos últimos
anos.

Atualmente, 40% da população chinesa pertence à classe média o que, em
breve, estima-se chegue a 60%. Segundo o próprio governo chinês, a tarefa de
suprir os desejos desse novo consumidor dependerá das importações uma vez que
a meta é tornar o país o maior importador do mundo. Além disso,
culturalmente, o chinês dá preferência à produção agropecuária importada
o que, ao seu ver, apresenta mais garantias de procedência do que o similar
nacional.

A Sial China 2016 conta com mais de 2,7 mil expositores e espera receber
mais de 61 mil visitantes, atraindo compradores do país sede e também de
outras localidades da Ásia, incluindo varejistas, atacadistas, supermercados,
importadores de bebidas, serviços de alimentação e outros. As informações
partem da assessoria de imprensa da Associação Brasileira de Angus.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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