Porto Alegre, 20 de outubro de 2017 – Reposição, insumos relacionados a
nutrição animal e o crescimento das exportações de carne estão entre os
indicadores positivos para a cadeia da carne bovina em 2018. A previsão é da
Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon).
O gerente executivo da entidade, Bruno Andrade, aponta como principal
desafio a retomada do consumo interno de carne bovina. “A expectativa também
é positiva em virtude da retomada do crescimento da economia e queda da
inflação, mas não é possível identificar o ritmo de aumento da demanda no
mercado doméstico, que pode ser mais lento do que o esperado”, explicou
durante a InterCorte, etapa de Araguaína (TO).
Sua palestra “Indicadores 2018 para o planejamento da pecuária de
corte” destacou vários tópicos importantes para o sucesso da pecuária no
país, como custo de produção para os sistemas intensivos, oferta de insumos,
consumo interno e exportação de carne bovina.
“É fundamental avaliar os indicadores relacionados ao mercado pecuário
para ter sucesso em 2018. Pelo lado da demanda, analisando o consumo interno e
externo, e na oferta, avaliando reposição, insumos e abates. E, conforme já
observado nos últimos dois anos, será necessário entregar animais mais
pesados para a indústria, aproveitar melhor o potencial produtivo do animal,
dado que o 1o semestre de 2018 poderá não trazer mudanças tão evidentes
assim”, explica Bruno Andrade.
Mesmo considerando a estimativa de queda de 15,5% (Conab) na produção da
1a safra de milho, o gerente executivo da Assocon não espera grande pressão
para aumento de preços do insumo, importante especialmente para a pecuária
intensiva, pois o estoque do produto tende a se manter em nível estável.
“Já as exportações de carne bovina tendem a ser melhores, rompendo os 6
bilhões de dólares em 2018”, afirma o dirigente.
Um alerta: existe a possibilidade do aumento da oferta de animais para
abate, o que pode segurar as cotações do boi gordo e apertar um pouco as
margens do pecuarista. “É importante abordar esse assunto agora para o
produtor se preparar para 2018, trabalhando melhor o planejamento e encarando os
desafios. Esses indicadores precisam ser acompanhados pelo pecuarista, pois
podem mudar e o pecuarista ser obrigado a rever sua estratégia. O que é certo
é que um bom planejamento e o uso de tecnologias adequadas precisam fazer parte
da rotina das propriedades pecuária”, ressalta o gerente executivo da
Assocon. As informações partem da assessoria de imprensa da Assocon.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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