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CARNES: Brasil Livre da Aftosa é marco na história da pecuária – Mapa

2 de abril de 2018
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Porto Alegre, 2 de abril de 2018 – O Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA) realiza a Semana Brasil Livre da Febre Aftosa, a partir
desta segunda-feira (2) até quinta-feira (5) para celebrar o esforço de todos
os órgãos oficiais de defesa sanitária do País, dos produtores e da
indústria pecuária para erradicar a doença do território nacional.

Esta quinta-feira (05) é o Dia A. O presidente Michel Temer e o ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, participam, a partir
das 11h30, na sede da Embrapa, em Brasília, da cerimônia e do lançamento do
selo dos Correios em comemoração à nova condição sanitária do Brasil em
relação à febre aftosa.

Na Semana Brasil Livre da Febre Aftosa serão promovidas sessões solenes
no Senado Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. No Senado, a
sessão será nesta segunda-feira (02), a partir das 11 horas, no plenário da
Casa. Na Câmara Legislativa, o evento será na terça-feira (03), a partir das
9 horas.

Ainda na terça-feira, às 16 horas, será inaugurada a exposição de
painéis no túnel que liga o edifício sede do Mapa ao seu anexo. Uma linha do
tempo narra os fatos relevantes do combate à doença, desde o primeiro registro
da febre aftosa no Brasil, com imagens das campanhas de vacinação e mais
informações.

Na quarta-feira (04), a partir das 9 horas, o secretário de Defesa
Agropecuária, Luís Rangel, e o diretor do Departamento de Saúde Animal,
Guilherme Marques – delegado do Brasil na Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) – visitarão o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Pedro
Leopoldo, em Minas Gerais.

Referência para análises e diagnósticos de aftosa, o Lanagro Pedro
Leopoldo foi reconhecido pela ONU/FAO na área de Biossegurança e Manutenção
de Laboratórios de Alta Contenção Biológica no início de 2018. É também
referência internacional em gestão de riscos biológicos, atingindo posição
de vanguarda no continente americano. O reconhecimento foi alcançado por causa
da unidade de máxima contenção biológica, que tem instalação bio-contida –
ambiente com elevado nível de biosseguridade – para evitar escape de vírus, o
que garante segurança ao ambiente externo.

As ações empreendidas ao longo da história para eliminar a doença do
rebanho brasileiro serão solenemente reconhecidas na 86 Sessão Geral da
Assembleia Mundial da OIE, em Paris, França, de 20 a 25 de maio.
O encontro reunirá delegados dos 181 Países Membros e contará com a presença
de chefes de Estado e ministros de Agricultura.

O Brasil então receberá o certificado internacional de zona livre de
febre aftosa com vacinação, abrangendo os estados do Amapá, Roraima, partes
do Amazonas e Pará. Com isso, o processo de implantação de zonas livres de
febre aftosa alcança toda a extensão territorial brasileira e o País torna-se
Livre da Febre Aftosa.

O presidente Michel Temer participará da reunião anual da OIE nos dias 22
e 23 de maio, e o ministro Blairo Maggi receberá a certificação no dia 24 de
maio, a ser entregue pela diretora geral Monique Eloit.
No Brasil, o próximo passo será a última etapa de erradicação da doença,
com ampliação da zona livre de febre aftosa sem vacinação, conforme prevê o
Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA).

Para isso será fundamental fortalecer os Serviços Veterinários, a
vigilância e a prevenção da doença, e as parcerias público-privadas.
A partir de maio de 2019, o Acre e Rondônia, além de municípios do Amazonas e
Mato Grosso, iniciam a suspensão da vacinação. A previsão é que os
produtores parem de vacinar o rebanho após maio de 2021, e o País inteiro seja
reconhecido pela OIE como País livre de aftosa sem vacinação até maio de
2023.

Breve história da febre aftosa no Brasil

Em 1895, no Triângulo Mineiro, houve o primeiro registro oficial da aftosa
no Brasil, depois de ocorrências na Argentina, Chile e Uruguai. Os focos na
América do Sul coincidiram com a importação de animais da Europa à época do
surgimento da indústria frigorífica no Brasil.

O aparecimento da doença contribuiu para a reestruturação do Ministério
da Agricultura em 1909. O Governo Federal aprovou em 1934 o Regulamento do
Serviço de Defesa Sanitária Animal contendo medidas de profilaxia (Decreto n
24.548, de 3 de julho de 1934).

Em 1951, foi criado o Centro Pan Americano da Aftosa (PANAFATOSA) e
reconhecida a necessidade de ações conjuntas entre os países do Continente.

Em 1972, foi criada a Comissão Sul Americana de Luta contra a Febre Aftosa
(COSALFA). Em 1987, foi aprovado o primeiro Plano Hemisférico de Erradicação
da Febre Aftosa na América do Sul (PHEFA), estabelecendo a meta de
erradicação em toda a América do Sul. O PHEFA atual segue vigente até 2020.

Em 1992, foi criado pelo MAPA o Programa Nacional de Erradicação da Febre
Aftosa (PNEFA) com a adoção de uma política baseada na regionalização das
ações (criação dos circuitos pecuários), no envolvimento do setor privado,
e no uso massivo e sistemático da vacinação. O programa foi reformulado com a
inclusão de novas medidas de prevenção e renomeado como Programa Nacional de
Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa. Lê-se com a mesma sigla PNEFA.

Os milhares de focos da doença foram desaparecendo. A primeira zona livre
da aftosa com vacinação foi reconhecida pela OIE em 1998. O último foco de
aftosa foi registrado no município de Japorã, Mato Grosso do Sul, em 14 abril
de 2006.

Em 2007, o Estado de Santa Catarina foi reconhecido pela OIE como a
primeira zona livre da aftosa sem vacinação.

As zonas livres com vacinação tornaram-se cada vez mais amplas ao longo
dos anos e alcançaram o restante do País.

O trabalho não terminou

A vacinação correta contra a febre aftosa de bovinos e búfalos, de
acordo com o calendário nacional, é essencial na prevenção da doença.
É também muito importante que o produtor adquira somente animais sadios e de
origem segura. O transporte de animais sempre deve ser acompanhado da Guia de
Trânsito Animal (GTA).

Em caso de suspeita da doença, o Serviço Veterinário Oficial precisa ser
imediatamente informado para que haja atendimento rápido e eficaz, evitando
que a eventual ocorrência se alastre e cause maiores prejuízos à pecuária
nacional.

Hoje o Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo somando 218,7
milhões de cabeças de bovinos e búfalos. É também o maior exportador de
carne com vendas para mais de 140 países.

O que é febre aftosa?

A doença é causada por um Aphthovirus, provoca febre e lesões na boca,
nas patas e tetas. Os animais caminham e se alimentam com dificuldade.

Em menos de uma semana o vírus pode contagiar todo um rebanho, atingindo
os animais de cascos fendidos – principalmente bovinos, búfalos, suínos,
ovinos e caprinos. Os resultados são grandes perdas econômicas com a redução
da produção, suspensão de vendas de animais e produtos, elevados custos no
sacrifício de animais e outros procedimentos para eliminar a doença.

A transmissão ocorre pelo contato direto de animais sadios com infectados
ou pela ingestão de alimentos contaminados. Objetos contaminados – botas,
roupas, veículos, equipamentos – também podem disseminar o vírus. As
informações partem da assessoria de comunicação social do Mapa.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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