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CARNES: Bubalinocultura é novidade no espaço da Emater/RS-Ascar na Expointer 2023

28 de agosto de 2023
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Porto Alegre, 28 de agosto de 2023 – Uma das novidades do espaço da Emater/RS-Ascar na
Expointer 2023 é a Bubalinocultura, ou seja, a criação de búfalos, que tem aumentado a cada ano,
assim como o número de produtores. Cada vez mais, a Bubalinocultura é conhecida e reconhecida nos
campos pelo fácil manejo e na gastronomia, pelos diferenciais da carne e do leite. Além de ser
considerado um animal de dupla aptidão (serve tanto para carne como para leite), o búfalo é um
animal de tração, permitindo inclusive montaria, pela sua docilidade.

As três fêmeas expostas na temática Pecuária Familiar da Emater/RS-Ascar na Expointer,
Fernanda, Charlote e Clarinha, foram cedidas pela criadora e médica-veterinária Desireé
Hastenpflug Möller, residente em Viamão, que cria búfalos das raças Mediterrânea e Murrah desde
2018. Ela é a primeira mulher a presidir a Associação Sulina de Criadores de Búfalos (Ascribu),
que tem 70 sócios, para a gestão 2021/2025.

“Apesar de existirem 19 raças de búfalos no mundo, no Brasil temos apenas quatro:
Mediterrânea, Murrah, Jafarabadi e Carabao”, destaca a criadora, ao avaliar que o Brasil tem uma
média de 3 milhões de cabeças de búfalos, o que representa 1% do rebanho mundial. O Pará é
Estado com mais criadores.

Segundo Desireé, no Rio Grande do Sul, os rebanhos de búfalos também têm aumentado e hoje
são em torno de 50 mil cabeças, o que reapresenta o,5% do rebanho gaúcho de bovinos e bubalinos.
Aqui no Estado, a criação de búfalos é bem dividida e é possível encontrar grandes criações
desde Uruguaiana até Camaquã. Atualmente são 600 criadores, sendo que Viamão, na Região
Metropolitana, é o município com maior número de criadores. São 35 no total, embora o número de
animais seja pequeno: 1,5 mil.

Os búfalos têm um sistema gastrointestinal mais favorável do que o dos bovinos, pois
conseguem aproveitar melhor até mesmo a fibra grosseira das pastagens. “Então até com uma macega,
um capim annoni, o búfalo consegue reverter isso em peso”, avalia Desireé, ao observar que no
quesito ganho de peso o búfalo é mais rápido quando comparado ao bovino.

Quanto à parte sanitária, os búfalos têm praticamente as mesmas doenças dos bovinos, só
são mais resistentes e praticamente imunes aos carrapatos. Assim, o uso de carrapaticida é muito
baixo ou, em algumas propriedades, inexistente.

Carne magra com maior rendimento leiteiro

A carne do búfalo é uma das características que têm chamado a atenção, tanto dos criadores
como dos consumidores, pois tem 55% menos colesterol, 40% menos calorias e 12 vezes menos gordura,
quando comparada à do bovino.

Quanto ao leite, a principal vantagem é no rendimento, pois apresenta o dobro do teor sólido
do leite. “No bovino, por exemplo, a gente precisa de dez litros de leite para produzir um quilo de
queijo. Já no búfalo, com cinco litros se produz o mesmo quilo de queijo”, ressalta Desireé, ao
citar a burrata e a mussarela como os queijos considerados clássicos a partir do leite de búfalas.
Hoje em dia são vendidos queijos coalho, provolone, provoleta e frescal feitos a partir do leite de
búfala, “que é teoricamente mais magro, com menos calorias e mais cálcio e ferro do que o do
bovino”.

O couro do búfalo também tem boa aceitação no mercado, principalmente pela indústria
automobilística europeia. “Os carros classe A têm os bancos de couro feitos com couro de búfalo’,
informa a criadora. As informações são da assessoria de comunicação da Emater/RS-Ascar.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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