Porto Alegre, 6 de setembro de 2016 – Lançado em 2013, por meio de uma
parceria entre a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne
(ABIEC), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Instituto
de Tecnologia de Software, Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica
Avançada (CEITEC, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações) e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
(Poli-USP), o projeto Canal Azul encerrou sua fase de testes com resultados
positivos e entra agora no período operacional, aberto a qualquer frigorífico,
em qualquer porto do Brasil.
O Canal Azul consiste na implantação de um lacre eletrônico nos
contêineres de carne, destinados à exportação. Com isso, os contêineres
não precisarão de liberação ao chegar ao porto, pois a validação será
realizada previamente por um fiscal federal agropecuário no fluxo de saída do
frigorífico.
A tecnologia possibilita uma drástica redução do tempo gasto com
trâmites burocráticos na liberação de cargas nos portos do País. Seis
plantas fabris de bovinos e aves participaram do projeto, que envolveu os portos
de Santos (SP) e de Navegantes (SC).
A redução média no tempo gasto para liberar as cargas variou entre 57
(Santos) e 109 horas (Navegantes). Além disso, foi verificado também que o
processo permite para os frigoríficos uma economia com aluguel de contentores,
energia elétrica, armazenamento e monitoramento, bem como a redução das
intervenções no processo e o aumento da visibilidade operacional.
“O investimento dos frigoríficos nos lacres eletrônicos é baixo se
comparado à economia que será feita com a redução do tempo das cargas nos
portos e em outros fatores também. Para que nossos negócios continuem a
crescer, é imprescindível desenvolvermos formas mais eficientes de exportar e,
neste sentido, a consolidação do Canal Azul é um marco para o setor”,
afirma Antônio Jorge Camardelli, presidente da ABIEC e um dos idealizadores do
projeto.
A startup Pirus Tecnologia é quem vai comercializar o lacre eletrônico
para os frigoríficos. A adesão ao Canal Azul é totalmente voluntária.
O professor Eduardo Mário Dias, da USP, destaca que já está em
desenvolvimento um projeto denominado Fronteira Azul, uma evolução do Canal
Azul, destinado para acordos bilaterais. “Seria uma ferramenta eletrônica
para apoiar os processos de exportação, deixando toda a documentação em uma
janela única. Esse processo de registro on-line e está sendo implementado pelo
governo do Egito”, afirma. Com informações da assessoria de imprensa da
ABIEC.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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