Porto Alegre, 26 de maio de 2021 – Abertura de novos mercados, aumento no
volume de negócios das diversas cadeias produtivas, diversificação de
produtos, geração de novos empregos. Os ganhos são muitos para o Rio Grande
do Sul com a conquista do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
O anúncio deve ser feito nesta quinta-feira pela Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE) em Assembleia Geral.
“Esse reconhecimento vai abrir mercados mundo afora para vendermos aquilo
que produzimos de proteína animal e vai incentivar investimentos em
frigoríficos, em produção de proteína animal e, consequentemente, em emprego
e renda para a nossa população, acessando esses outros mercados e colocando
mais recursos no nosso Estado”, destacou o governador Eduardo Leite em
pronunciamento recente sobre o novo status sanitário.
“Este é um momento de comemoração da agropecuária gaúcha que,
certamente, saberá aproveitar da melhor forma esta nova condição,
demonstrando a grandeza do nosso setor de proteína animal para todo o mundo”,
afirma a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR)
Silvana Covatti.
De acordo com o economista Rodrigo Feix, do Departamento de Economia e
Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e
Gestão (SPGG), o acesso a mercados internacionais mais exigentes, facilitado
pela mudança do status sanitário, pode representar um importante estímulo ao
crescimento para a cadeia de carnes do Rio Grande do Sul. “Esse estímulo
estará presente tanto nos segmentos de produtos tradicionais (cortes
predominantes atualmente na pauta), mas também fomentará a adoção de novas
estratégias competitivas pelas empresas, sobretudo via diferenciação de
produto, que conferem maiores margens de rentabilidade. Mesmo em mercados que
já são relevantes para a pauta gaúcha de exportações de carnes novos
estímulos serão criados, como é o caso das vendas de carne com osso para a
China”, afirma Feix.
O economista destaca que a indústria de carnes é o principal setor
empregador do agronegócio gaúcho, considerando os vínculos formais de
trabalho. Em março de 2021 havia 67.695 postos de trabalho no setor de abates e
fabricação de produtos de carne no RS, segundo estatísticas do DEE/SPGG.
“A redução nos custos de produção, o ingresso em novos mercados e o
crescimento da demanda resultantes da mudança no status sanitário tendem a
contribuir para a continuidade do processo de geração de empregos na cadeia de
carnes, com repercussões diretas e indiretas para as economias do interior do
estado”, diz Feix. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), a previsão para este ano de 2021 é de que o Valor Bruto
da Produção da pecuária gaúcha totalize R$ 31,7 bilhões de reais, o que
representa um crescimento de 3,6% em relação a 2020.
“Nós teremos muitos ganhos no futuro, não apenas na pecuária mas
também na agricultura, destaca Helena Rugeri, Superintendente do Mapa no Rio
Grande do Sul. Ela afirma que esta conquista foi construída conjuntamente, em
parceria, entre o setor público e o setor privado. “O setor público olhou
para a frente, construiu um trabalho que gerou confiança em toda a cadeia e que
trouxe esta certificação para o Estado”, diz ela. As informações partem
da Agência de Notícias da Secretaria de Agricultura, Pecuária e
Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Sepdr).
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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