SAFRAS (10) – A redução nas temperaturas, associadas às fortes chuvas
da última semana no Rio Grande do Sul tem provocado perda de peso nos animais
mantidos exclusivamente no campo nativo, onde a qualidade dos pastos está
bastante reduzida, por terem sido queimados pelas diversas geadas.
O pisoteio dos animais segue provocando danos significativos nas
pastagens, em função do excesso de umidade do solo. A reduzida radiação
solar, devido aos períodos de neblina, bem como a redução nas temperaturas
tem limitado o desenvolvimento das pastagens cultivadas anuais de inverno.
Em função da pequena disponibilidade de pastagens, os pecuaristas mais
capitalizados estão iniciando a suplementação de algumas categorias
diretamente no cocho.
O rebanho bovino de cria está em plena fase de gestação e inicio do
nascimento de terneiros, exigindo um cuidado maior com estas categorias: vacas
em gestação e terneiros recém nascidos.
Os touros devem permanecer em pastagens cultivadas ou numa área de campo
nativo melhorado, para manter as condições físicas para
a próxima temporada de monta. Teve inicio em muitas propriedades o período de
nascimentos de terneiros desta temporada. Apesar das chuvas
excessivas e temperaturas baixas do período as condições nutricionais dos
rebanhos bovinos de corte do Estado de maneira geral ainda são
satisfatórias.
No entanto, a redução da oferta de pastos nos campos nativos que estão
mais fibroso e com baixos teores de proteína, que aliado ao crestamento
provocado pelas sucessivas geadas, reduzem ainda mais a oferta de forragens
naturais.
Em algumas propriedades os criadores estão fornecendo sal proteinado aos
animais visando diminuir a perda de peso nesse período e obter um melhor
aproveitamento da pastagem nativa, também as lotações devem ser adequadas,
pois é muito importante o ajuste de carga animal por hectare para enfrentar as
condições climáticas adversas deste inverno.
Neste período alguns produtores complementando a alimentação dos
animais, principalmente com palha de arroz, silagem e sal proteinado. As
condições sanitárias do rebanho também estão satisfatórias, segue também
os cuidados principalmente no monitoramento e controle de verminoses.
As baixas temperaturas por sua vez, poderão contribuir no controle de
carrapatos e da verminose exigindo tratamento em intervalos de tempo maiores.
Permanece a realização das vacinas obrigatórias contra a brucelose em fêmeas
de 3 a 8 meses de idade. O mercado do boi gordo continua aquecido na maioria
das regiões, com mais procura do que oferta.
A comercialização no momento deixa os produtores satisfeitos com os
preços pagos, tanto para os animais para abate como pelos animais de
reposição. Os animais para abate na região de Caxias do Sul, seguem com
preços estáveis no período, variando entre R$ 4,30 e R$ 4,50, por quilo vivo
para o boi gordo e R$ 3,70 e R$ 3,80 para a vaca. Com informações do boletim
semanal divulgado pela Emater (RS).
(CBL)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50