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CARNES: Embarque de gado em pé aquece busca por terneiros Angus

13 de junho de 2018
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Porto Alegre, 13 de junho de 2018 – O aumento do interesse de países
Orientais por terneiros vivos vem aquecendo o mercado de bezerros no Brasil
Central e fomentando o uso do cruzamento industrial para produção de animais
meio sangue Angus. Um exemplo é a Agropecuária Leopoldino, um dos maiores
grupos do Mato Grosso, que, neste final de semana, realizou mais uma edição do
Mega Cruza, evento que reuniu palestras, Dia de Campo e terminou com a
comercialização de 5.192 animais e média geral de R$ 1.416,60 no domingo.

Realizado pela Estância Bahia Leilões, o remate atingiu valorização de
R$ 1.431,48 por cabeça para a raca Angus. Para avaliar o desempenho do
cruzamento Angus X Nelore na região, o corpo técnico da Associação
Brasileira de Angus participou em peso da programação em encontro em Água Boa
(MT), incluindo visitação à Fazenda Califórnia, que integra o conglomerado
do grupo naquele estado.

Segundo o proprietário da Agropecuária Leopoldino, Abel Leopoldino, a
exportação de gado em pé alterou a oferta do remate deste ano uma vez que as
cargas de maior peso foram vendidas nas semanas anteriores, restando lotes mais
leves mas com amplo potencial de ganho de peso. “Neste ano, os navios levaram
tudo”, comemorou o empresário que garantiu valorização diferenciada pelos
bezerros cruza Angus remetidos aos turcos a cerca de R$ 7,00/kg.

Uma das tendências verificadas neste ano na comercialização de bezerros,
explica Leopoldino, é o interesse de empresários pela recria. “Alguns
exportadores estão adquirindo lotes mais leves, fazendo uma recria rápida para
mandar para o navio quando ele chegar”, frisou, pontuando que as
negociações são ágeis e ocorrem geralmente quando os navios já estão a
caminho do Brasil.

A conquista desse novo mercado pela pecuária nacional está atrelada
diretamente às qualidades da raça Angus. Além dos diferenciais da carne,
chama atenção a velocidade para acabamento. Segundo Leopoldino, os animais F1
Angus atingem o mesmo peso e acabamento de carcaça de bons exemplares Nelore,
mas conseguem fazer isso um ano antes. A Agropecuária Leopoldino opera com 30
mil cabeças, sendo 15 mil matrizes (7,5 mil são 1/2 Angus), e vem atingindo
índices de prenhez próximos a 80% em fêmeas F1 entre 12 e 14 meses.

No Nelore, isso ocorre com 24 e pode chegar a 36 meses. “Muitas vezes se
consegue desmamar dois bezerros de uma meio sangue Angus enquanto a vaca Nelore
ainda nem emprenhou”, exemplifica. “Nosso foco é no resultado financeiro
da porteira para dentro”, completou o técnico da Angus que atende o projeto,
Gustavo Ribeiro. Convencido dos ganhos que a raça traz tanto ao consumidor
quanto ao pecuarista, Leopoldino conclamou as centrais de inseminação pelo
melhor aproveitamento de touros nacionais: “Gostaria de saber que, em breve,
estaremos usando a genética das cabanhas nacionais, um sêmen mais adaptado ao
Brasil”.

Além do investimento em genética, a atenção à nutrição animal foi
outro ponto destacado pela empresa como essencial para obter os melhores
resultados. O trabalho, comandado pela Nutron, integra criação a pasto e
confinamento e tem como um dos focos a nutrição das fêmeas e melhor desfrute
das carcaças uma vez que os bezerros estão muito valorizados em relação ao
boi gordo. Sobre os diferenciais do Angus, o representante da região do Vale do
Araguaia da Nutron, Rafael Maldaner, garante: tempo é dinheiro. “Qualquer
coisa que com o mesmo volume de combustível ande 18% mais rápido é melhor”,
comparou. As informações partem da assessoria de imprensa da Associação
Brasileira de Angus.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Pamplona* base suíno leitão

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