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CARNES: Fórum debate medidas de prevenção à febre aftosa em Santa Catarina

10 de dezembro de 2020
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Porto Alegre, 10 de dezembro de 2020 – O Governo de Santa Catarina reuniu
em videoconferência ontem (9) lideranças, técnicos e produtores rurais para
debater o papel do setor produtivo na prevenção da febre aftosa no Estado.

O encontro virtual foi transmitido pelo YouTube da Secretaria de Estado da
Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina e contou com
a participação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedrozo, secretário da
Agricultura Ricardo de Gouvêa, presidente da Companhia Integrada de
Desenvolvimento Agrícola (CIDASC), Luciane Surdi e do superintendente do
Ministério da Agricultura (MAPA), Túlio Tavares.

Convidado a palestrar sobre o reconhecimento internacional do Estado pela
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como única área livre de febre
aftosa sem vacinação no Brasil, o presidente da FAESC relembrou toda a luta
catarinense pelo status desde a década de 60. Pedrozo participou de todos os
processos de certificação e ressaltou a importância do setor manter o status
sanitário diferenciado para continuar competitivo e viabilizar novos mercados.

“É um privilégio ter passado por todas as fases e ter acompanhado desde
o início essa busca que nos enche de alegria, orgulho e satisfação. Agora,
temos a missão de não colocarmos em risco esse patrimônio que não foi fácil
de conquistar. Para nós custou muito sacrifício, mas fizemos o nosso dever de
casa e precisamos manter e aperfeiçoar o nosso status diferenciado”, grifou.

O dirigente resgatou como era feita a vacinação no Estado pelos 2.000
vacinadores da CIDASC, antes e depois da vacina se tornar obrigatória por lei
– pelo Programa Agulha Oficial em 1993 – cuja abertura da campanha estadual
foi feita na propriedade de Pedrozo, em Erval Velho. Também citou as conquistas
de 1998 (CIDASC recebeu o certificado de área livre de febre aftosa com
vacinação), 2000 (Secretaria da Agricultura declarou suspensão da vacinação
e estabeleceu a prevenção de entrada de animais de outros Estados), 2006
(MAPA solicitou reconhecimento internacional da OIE ao Estado) e de 25 de maio
de 2007, quando Santa Catarina foi finalmente reconhecida pela OIE em Paris. Em
2020, Santa Catarina completou 27 anos sem focos da doença e 13 de
reconhecimento internacional.

“Participamos da caravana em Paris e podemos dizer que a conquista não
seria possível sem a dedicação, o trabalho e a união de todos os segmentos
do Estado – agroindústrias, produtores, lideranças do setor, governo e
iniciativa privada. Nesta luta, houve consenso e por isso nossa missão foi
vitoriosa”, sublinhou Pedrozo.

Ao destacar a importância do status diferenciado para o setor, o
presidente da FAESC também salientou a necessidade de o Estado garantir maior
competitividade e rentabilidade à pecuária de corte catarinense. Segundo ele,
a pandemia desvalorizou os preços do boi vivo praticados em Santa Catarina e
tem prejudicado os produtores.

“Até a pandemia, o melhor preço do boi era o de Santa Catarina. Na
crise sanitária isso se inverteu, o que decepcionou os nossos pecuaristas. Se
contamos com status sanitário diferenciado, precisamos ter preços
diferenciados também. Hoje importamos quase 50% da carne bovina no Estado e
notamos que nos outros Estados o boi gordo tem valorização constante, o que
não está ocorrendo aqui. Esperamos que seja algo passageiro e que possamos
reverter a situação pós-pandemia”.

O PAPEL DO PRODUTOR

Quando o assunto é febre aftosa, Santa Catarina se mantém como
referência em saúde animal e defesa agropecuária. A CIDASC mantém 63
barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e
Argentina, que controlam diuturnamente a entrada e a saída de animais e
produtos agropecuários. Além disso, todos os bovinos e bubalinos do Estado
são identificados e rastreados.

O status internacional permite o acesso aos mercados mais exigentes do
mundo. Hoje, devido ao reconhecimento, as carnes suína e de frango produzidas
em território catarinense são vendidas a mais de 150 países.

Neste ano, os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, parte
do Amazonas e do Mato Grosso retirarem a vacinação contra a febre aftosa de
seus rebanhos e também aguardam o reconhecimento internacional da OIE como
áreas livres de febre aftosa sem vacinação. O superintendente do MAPA, Túlio
Tavares, afirmou que é preciso estreitar a parceria entre os órgãos para
manter o status catarinense e ampliar a certificação para outros Estados.

“O País inteiro precisa ser livre da febre aftosa, primeiro com
vacinação, o que já é, depois sem vacinação. Isso fará o setor evoluir e
ampliar fronteiras. Já temos qualidade, só precisamos avançar no controle.
Santa Catarina já está em outro estágio, o da vigilância, da análise de
risco, aliada à tecnologia para manter seu status. Para isso, o produtor
precisa estar mais consciente da sua responsabilidade, comunicar o primeiro
sintoma aos escritórios da CIDASC para uma resposta imediata. Essa resposta
rápida, daqui para frente, será nossa avaliação”, observou.

Para a presidente da CIDASC, Luciane de Cássia Surdi, o Estado precisa
estudar estratégias e discutir as mudanças para não perder a vantagem
competitiva. “Esse reconhecimento nos oportunizou mercados importantíssimos
para suínos e aves, além de apontar um mercado promissor para o leite, com a
exportação. Precisamos mantê-lo”.

O secretário da Agricultura Ricardo de Gouvêa ressaltou que o trabalho de
manutenção do status sanitário catarinense será ainda maior que o da
conquista do certificado. “Se a gente precisa entrar no jogo, com produção e
comercialização de produtos de origem rural, precisamos vestir a camisa e
isso significa ter sanidade animal. Sem essa qualidade não entraremos no
jogo”.

O coordenador Estadual de Vigilância para Febre Aftosa e Síndromes
Vesiculares da CIDASC, Diego Rodrigues Torres Severo, citou o papel do produtor
rural na prevenção da doença. “Não podemos desguarnecer nossa vigilância
para não ocorrerem casos no Estado. O último foi em 1991, mas não podemos
baixar a guarda, porque a propagação da febre aftosa é muito rápida. Por
isso, precisamos muito do produtor rural. A gente tem plenas condições de
atender toda e qualquer suspeita de notificação da doença”, informou.

A orientação aos produtores é para que comuniquem à CIDASC em qualquer
suspeita da doença nas propriedades. São 135 escritórios no Estado, além de
espaços mantidos em parceria com Prefeituras, Empresa de Pesquisa Agropecuária
e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) e Instituto Catarinense de
Sanidade Agropecuária (ICASA). As informações partem da assessoria de
imprensa da FAESC.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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