Porto Alegre, 11 de outubro de 2019 – O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirma o registro de um foco de peste suína
clássica (PSC) no estado de Alagoas, localizado fora da zona livre reconhecida
pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O foco foi confirmado no município de Traipu, em criatório de suínos,
sem vínculo com sistemas de produção tecnificados e já foi notificado à
OIE. A última ocorrência de PSC em Alagoas havia sido registrada em 1994.
Desde a confirmação, a propriedade foi interditada e o serviço
veterinário estadual realizou o sacrifício e destruição de todos os suínos
da propriedade. Outras medidas tomadas são: investigações de propriedades
situadas no raio de 10 quilômetros em torno do foco e propriedades com algum
vínculo epidemiológico, além do pronto atendimento a todas as notificações
de suspeitas.
“O estado de Alagoas faz parte da zona não livre de PSC, juntamente com
outros dez estados (AM, RR, PA, AP, MA, PI, CE, RN, PB e PE) e essa nova
ocorrência não interfere no status da zona livre de PSC reconhecida pela OIE,
não justificando impactos no comércio internacional de suínos e seus
produtos”, ressalta o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal da
Secretaria de Defesa Agropecuária, Bruno Cotta.
Os sinais clínicos observados foram transtornos circulatórios e lesões
cutâneas erosivas, acompanhadas de conjuntivite em animais adultos e
distúrbios neurológicos em suínos jovens. O diagnóstico foi confirmado pelo
Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Recife (PE), por meio de
técnicas moleculares.
A zona livre de PSC do Brasil concentra mais de 95% da indústria
suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos
são oriundos da zona livre, que incorpora 15 estados (RS, SC, PR, MG, SP, MS,
MT, GO, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC) e o Distrito Federal, e não registra
ocorrência de PSC desde janeiro de 1998.
Os limites entre as zonas livre e não livre de PSC são protegidos por
barreiras naturais e postos de fiscalização, onde procedimentos de vigilância
e mitigação de risco para evitar a introdução da doença são adotados
continuamente, conforme normas e procedimentos estabelecidos pelo Mapa. Desde o
início das ocorrências de PSC, essas ações foram intensificadas na região.
“Após a confirmação de focos de PSC no estado do Ceará, em outubro de
2018, o Departamento de Saúde Animal, junto com os serviços veterinários
estaduais, promoveu a intensificação das atividades de vigilância para a
doença em todas as regiões Norte e Nordeste do país, o que contribuiu para a
detecção da doença no Piauí, em abril de 2019, e agora em Alagoas”, explica
Cotta.
A PSC é uma doença de notificação obrigatória no Brasil, que acomete
somente suínos, não sendo transmitida ao ser humano ou outras espécies. Com
informações da assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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