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CARNES: Marfrig mostra viabilidade da pecuária responsável na Amazônia

31 de maio de 2016
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Porto Alegre, 31 de maio de 2016 – A partir de junho de 2016, as famílias
de Brasília terão a oportunidade de colaborar com a pecuária responsável no
Brasil. Elas serão as primeiras a ter acesso, nos supermercados, a uma carne
produzida sob padrões inéditos de sustentabilidade na Amazônia brasileira,
como parte da iniciativa Do Campo à Mesa, uma das ações de pecuária
responsável mais inovadoras do país. A chegada da carne aos consumidores –
ela será identificada por um rótulo próprio, com o nome Rebanho Xingu – marca
a conclusão do ciclo que o projeto vem construindo desde 2013, com o objetivo
de criar um modelo replicável em maior escala na Amazônia, e que começou com
a implantação de boas práticas no campo, passou pela melhoria da
rastreabilidade desde a fazenda até o frigorífico e agora amplia as opções
de compra responsável para o consumidor final.

Liderado por The Nature Conservancy (TNC), Marfrig e Walmart e apoiado pela
Fundação Moore, entre outras organizações, o projeto Do Campo à Mesa atua
em São Félix do Xingu (PA), o município com o maior rebanho bovino do Brasil,
com o objetivo de construir um modelo de pecuária responsável que possa ser
adaptado a diferentes partes da Amazônia. Esse modelo propõe o aumento da
produtividade e o maior aproveitamento de pastagens degradadas sem a necessidade
de desmatamento. Outro princípio fundamental é a inclusão de toda a cadeia
de valor da carne nesse esforço, de forma a garantir que o processo seja
viável ambientalmente, socialmente e economicamente.

A região de São Félix do Xingu, onde o projeto se desenvolve, foi
escolhida por ser essencial para a conservação da Amazônia. Uma das
fronteiras agrícolas mais ativas do país, o município já foi o campeão
nacional do desmatamento, em 2008, mas conseguiu reduzir em cerca de 80% seus
índices anuais de perda de florestas, graças às mudanças na maneira de
produzir. Segurar o desmatamento nessa região ajuda a proteger tanto as enormes
reservas florestais ainda disponíveis no município – as Terras Indígenas e
Unidades de Conservação de São Félix ocupam um território quase igual ao
do estado do Rio de Janeiro – quanto as áreas acima dela, no mapa, para onde o
desmatamento tenderia a se expandir, caso a ocupação desordenada prosperasse.

Em conjunto com o Sindicato dos Produtores Rurais de São Félix do Xingu,
a TNC selecionou 16 produtores rurais para participarem de um projeto-piloto que
levou informação, apoio técnico e investimento a propriedades de diferentes
tamanhos e configurações. As primeiras estimativas, ainda bem conservadoras,
apontam para um aumento de produtividade de 54% nas propriedades participantes,
a partir da adoção de técnicas relativamente simples, como a rotação de
pastos – uma espécie de rodízio entre as áreas de pastagem, para que o solo
possa descansar e produzir mais alimento para o gado. O aumento dos ganhos nas
áreas que já servem de pasto possibilita que o produtor viva melhor sem
precisar derrubar novas áreas de floresta para ampliar sua renda. Além disso,
também com o apoio da TNC, os produtores implantaram práticas de Bem Estar
Animal e de cumprimento integral do Código Florestal, que prevê a
conservação e a restauração de florestas em propriedades privadas.

“A Amazônia é crucial para a vida na Terra e a pecuária desordenada é
a principal causa de seu desmatamento. A questão é que para conservar a mata
em pé, o produtor precisa de informação sobre a importância da floresta, de
incentivo financeiro e de apoio técnico para a sua conservação. Quando ele
conta com isso, torna-se o maior interessado em cumprir a legislação
ambiental”, afirma Francisco Fonseca, coordenador de Produção Sustentável
da TNC.

Outra preocupação do projeto foi melhorar a rastreabilidade dos animais,
de forma que Marfrig e Walmart pudessem ter certeza de que a carne fornecida a
eles veio de um gado criado em propriedades que não tiveram a floresta
desmatada. Para isso, as empresas compartilharam dados quanto aos produtores com
quem trabalham, implantaram “brincos” com chips nos animais das
propriedades fornecedoras e aperfeiçoaram o cruzamento desses dados com os do
Cadastro Ambiental Rural (CAR), que em São Félix abrange mais de 80% das
propriedades, graças a projetos prévios da TNC, dos governos locais e de seus
parceiros para expandir o sistema. Essas medidas estão ajudando a resolver um
gargalo clássico da pecuária responsável na Amazônia: o fato de que a
propriedade que fornece a carne ao frigorífico, e que normalmente é
monitorada, compra esse gado, quando ele ainda é jovem, de uma propriedade
menor, que não é monitorada. A expectativa é que uma proporção cada vez
maior da carne comercializada pelas empresas sob o selo Rebanho Xingu venha de
um gado rastreado desde seu nascimento, até chegar a 100%.

“Além de reforçar o pioneirismo das ações de sustentabilidade da
Marfrig, o trabalho com a TNC e o Walmart inaugura uma nova etapa no processo de
rastreamento de nosso rebanho”, diz o gerente de sustentabilidade da Marfrig,
Mathias Almeida. “Somos a única empresa de proteína bovina do Brasil com
100% do fornecimento na Amazônia com mapas georreferenciados das propriedades.
Com a ampliação do monitoramento proposto pelo programa Do Campo à Mesa
teremos maior controle sobre toda a cadeia, desde a fase de cria dos animais,
garantindo ainda mais transparência aos consumidores”, afirma.

Fechando o ciclo de produção, o Walmart comercializará a carne Rebanho
Xingu em lojas do Distrito Federal. A previsão é expandir a oferta do produto,
aos poucos, para outras regiões do país.
“Ficamos muito satisfeitos em participar deste projeto ao lado da TNC e
Marfrig, a partir do qual podemos comercializar um produto diferenciado e
estimular o consumo consciente junto aos nossos clientes e, ao mesmo tempo, o
desenvolvimento da cadeia produtiva”, diz Luiz Herrisson, diretor de
Sustentabilidade do Walmart Brasil.

Concluído o ciclo inicial, que previa a construção de uma cadeia
completa de produção sem desmatamento, a iniciativa Do Campo à Mesa deve
avançar no sentido de se tornar um modelo replicável de crescimento econômico
responsável para regiões da Amazônia onde a pecuária é uma atividade
importante para a sobrevivência da população. Em São Félix do Xingu, os
produtores participantes da iniciativa já se organizaram em uma associação
que trabalha para a adesão de novos integrantes e que contribuirá para a
difusão da pecuária responsável. Com o apoio dos moradores da região, a
iniciativa se concentrará em ampliar o número de propriedades-piloto
participantes e envolver mais organizações e empresas, para dar escala ao
modelo.

Sobre a Marfrig

A Marfrig Global Foods é uma das maiores companhias de alimentos à base
de carnes bovina, ovina, de aves e de peixes do mundo. Com unidades produtivas,
comerciais e de distribuição instaladas em 11 países, a Marfrig também é
uma das companhias brasileiras de alimentos mais internacionalizadas e
diversificadas. Seus produtos, vendidos para grandes cadeias de restaurantes e
supermercados, chegam à mesa de milhões de consumidores em aproximadamente 100
países diariamente.

Sobre a TNC

A The Nature Conservancy é a maior organização sem fins lucrativos de
conservação ambiental do mundo. Está presente em mais de 35 países, adotando
diferentes estratégias com a missão de conservar as terras e águas das quais
a vida depende. No Brasil, onde atua há mais de 25 anos, a TNC promove
iniciativas nos principais biomas, com o objetivo de compatibilizar o
desenvolvimento econômico e social dessas regiões com a conservação dos
ecossistemas naturais. O trabalho da TNC concentra-se em ações ligadas a
Agropecuária Sustentável, Segurança Hídrica e Infraestrutura Inteligente
além de Restauração Ecológica e Terras Indígenas. Saiba mais sobre a TNC em
http://www.tnc.org.br

Walmart no Brasil

Presente no país desde 1995, o Walmart Brasil opera hoje com 485 unidades
e cerca de 70 mil funcionários em 18 estados, além do Distrito Federal. São 9
bandeiras entre hipermercados (Walmart, Hiper Bompreço e BIG), supermercados
(Bompreço, Nacional e Mercadorama), atacado (Maxxi), clube de compras (Sam’s)
e lojas de vizinhança (TodoDia). Em 2015, o faturamento da empresa no Brasil
foi de R$ 29,3 bilhões. As informações partem da assessoria de imprensa do
Marfrig.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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