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CARNES: Ministério da Agricultura não atende pedidos da suinocultura

6 de julho de 2016
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Porto Alegre, 6 de julho de 2016 – Um cenário de incertezas. É assim que
pode ser descrito o atual momento da suinocultura, que passa por aumentos no
custo de produção devido à alta dos insumos.

O milho, principal componente da alimentação do suíno, subiu de R$ 24,00
para mais de R$ 50 (saca de 60 quilos), em média, se comparado 2016 com 2015.
Já o preço pago pelo quilo do suíno vivo, no entanto, não acompanhou o
movimento, permanecendo nas mesmas faixas do ano anterior e, por vezes, bem
menor que o necessário para não causar prejuízos ao criador.

“Sem dúvida, a escassez do milho trouxe dificuldades para a atividade,
fazendo com que, no primeiro semestre de 2016, os suinocultores se
desestruturassem. A alta no valor dos insumos aumentou o custo de produção,
passando de R$ 3,00 o quilo em 2015 para R$ 4,20 o quilo em 2016, em média”,
comenta o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do
Sul – ACSURS, Valdecir Luis Folador, que complementa que o farelo de soja –
outro ingrediente importante da ração – também acompanhou a elevação nos
preços.

Há um ano, neste período, a pesquisa semanal da cotação feita pela
ACSURS apontou o valor médio de R$ 1.040,00 pela tonelada do farelo de soja,
que agora está em R$ 1.520,00.

Folador reclama que o Ministério da Agricultura não está atendendo aos
pedidos da suinocultura. “O Ministério está inerte. Precisamos que haja
medidas para auxiliar o setor neste momento de dificuldades”, brada o
dirigente.

Atualmente, o Estado conta com 340 mil matrizes e 10% desse volume deverá
deixar de existir até o final do ano, devido à escassez do milho e consequente
falta de rentabilidade. Segundo Folador, a crise vai afetar não somente o
produtor independente, mas também o integrado. “Em especial, os integrados
que têm UPL (Unidade Produtora de Leitões), pois as integradoras vão
solicitar aos criadores que reduzam seus planteis para terem, posteriormente,
menos animais no campo, diminuindo assim os custos da alimentação. Desde maio
vem acontecendo uma reestruturação dos planteis, com redução do número de
animais em todas as regiões produtoras do RS”, explica.

Pleitos

No mês de maio, Folador reuniu-se com o ministro da Agricultura, Blairo
Maggi, com a participação da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos
(ABCS) e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), para explanar as
entraves que os setores suinícola e avícola estão enfrentando desde o início
do ano, causados, em especial, pela alta no preço do milho.

Entre os pleitos levantados destacam-se a isenção do PIS/COFINS para
importação de milho, o aumento do limite de venda de milho balcão e de volume
de milho por suinocultor, que precisa ser de até 27 toneladas por produtor ao
mês, e a prorrogação de dívidas. Também foi solicitada a revogação do
comunicado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre o Programa de
Abastecimento Social – Vendas em Balcão emitido em abril, que contempla apenas
os produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf). Com informações da assessoria de imprensa da ACSURS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2016 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 06/06/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,37

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.725,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 67,50
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 05/06/2025 09:30

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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