CARNES: MPF pede punição a executivos da J&F na Operação Greenfield

Porto Alegre, 7 de fevereiro de 2017 – O Ministério Público Federal (MPF)
no Distrito Federal pediu que a Justiça reconheça que o empresário Joesley
Batista, dono da holding J&F, que controla a processadora de alimentos JBS, e o
diretor-presidente da Eldorado Celulose, José Carlos Grubisich Filho,
descumpriram o termo de ciência e compromisso firmado em setembro do ano
passado.

Foi solicitado que os investigados pela Operação Greenfield tenham bens e
ativos de até R$ 3,8 bilhões bloqueados para garantir o ressarcimento de
prejuízos causados aos fundos de pensão, ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) e à Caixa Econômica Federal. O escândalo refere-se à
possível fraude que pode ter desviado R$ 8 bilhões dos fundos da Petrobras,
CEF, Banco do Brasil e Correios.

Na mesma manifestação, o MPF deu parecer favorável a um pedido da defesa
de Wesley Batista, que voltou à presidência global da JBS em setembro do ano
do passado, para que sejam revogadas as medidas impostas ao empresário. Ele
alegou que na época dos fatos investigados residia nos Estados Unidos e atuava
em outras áreas da J&F.

Segundo o procurador da República, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes,
descoberta de indícios da prática de atos ilícitos por Joesley e José
Carlos, com o objetivo de esconder irregularidades cometidas na Eldorado,
empresa alvo da investigação da Força de Trabalho Interinstitucional que
apura crimes contra os fundos de pensão, FGTS e a CEF.

Lopes afirmou em nota à imprensa que após a deflagração de
força-tarefa pela Polícia Federal, foram contratadas a Ernest & Young e a
Veirano Advogados para tentar legitimar as práticas ilegais encontradas, como o
pagamento de R$ 37,4 milhões da Eldorado às empresas Viscaya e Araguaia,
controladas por Lúcio Funaro, preso desde o ano passado nesta operação. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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