Porto Alegre, 10 de dezembro de 2018 – A Câmara Setorial da Cadeia
Produtiva de Carne Bovina de Mato Grosso aprovou, em reunião realizada na
quinta-feira (06), o encaminhamento ao Departamento de Saúde Animal do
Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que seja
avaliada a possibilidade de antecipar a retirada da vacina contra febre aftosa
em animais com mais de 24 meses. A proposta foi apresentada pelo Instituto
Mato-Grossense da Carne (IMAC) com base em estudos sobre as perdas decorrentes
da vacinação.
O presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC), Guilherme
Nolasco, apresentou um levantamento apontando que a maioria dos animais com mais
de 36 meses é destinada ao abate e que muitos deles apresenta algum tipo de
reação decorrente da vacina, como abcessos e inflações. “Os resíduos
vacinais em animais abatidos trazem prejuízos ao produtor e à indústria
frigorífica, além de comprometer a imagem de nossa carne no mercado”,
explica Guilherme Nolasco.
De acordo com o estudo, em 2017, o prejuízo financeiro médio foi de R$
12 por animal, o que representou uma perda de R$ 68 milhões para cadeia
produtiva da carne. “Mostramos aos membros da Câmara o tamanho do prejuízo
decorrente da vacinação em animais com idade próxima ao abate. Como grande
parte dos animais com mais de 36 meses é transportada somente quando vai para o
abate, não há tempo hábil para que os resíduos da vacina sejam absorvidos
pelo organismo, causando reações e inflações”, afirma Nolasco.
Os dados apresentados por Guilherme Nolasco cruzam as informações de
pesquisadores sobre as perdas decorrentes da vacina com os dados das Guias de
Transporte Animal (GTA) que descrevem o destino do animal. “Conseguimos
identificar que grande parte dos animais com mais de 36 meses circula para o
abate, ou seja, fica menos suscetível ao contato com outros animais”.
A proposta aprovada na Câmara sugere a retirada gradual da vacinação a
partir de 2019 para os dos animais com mais de 36 meses e de, em 2020, vacinar
somente os animais até 24 meses. Em 2021 Mato Grosso, conforme o Plano Nacional
de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), eliminaria a vacinação de todo
rebanho. Com informações da assessoria de imprensa do IMAC.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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