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CARNES: Papéis de frigoríficos buscam recuperação após confirmação de vaca louca e suspensão de exportações

23 de fevereiro de 2023
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Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2023 – No início do pregão desta quinta-feira, as ações dos
frigoríficos operam mistas, após queda na véspera que já antecipava os rumores sobre a doença.
Às 10h44 (horário de Brasília), os papéis de Minerva (BEEF3), JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3)
subiam 1,75%, 1,61% e 0,47%, enquanto BRF (BRFS3) caía 0,46%. O Ibovespa subia 0,50%,

Ontem (22), os destaques negativos do pregão da quarta-feira de Cinzas ficam com as ações de
frigoríficos quando a doença da vaca louca no Brasil ainda era apenas uma suspeita. No fechamento,
os papéis da Minerva (BEEF3) ficaram entre as piores quedas do Ibovespa, com baixa de 8,40%,
seguida pela BRF (BRFS3, -6,70%), Marfrig (MRFG3, -4,71%) e JBS (JBSS3, -4,32%), em dia de forte
queda no principal índice da B3 (-1,85%).

Após o fechamento de ontem, o governo suspendeu temporariamente as exportações de carne
bovina para a China após a confirmação de um caso de mal da vaca louca em um animal em Marabá
(PA). A suspensão ocorre por um protocolo de 2015 assinado pelos dois países que estabelece um
autoembargo nas vendas à China quando uma nova ocorrência de vaca louca encefalopatia espongiforme
bovina é identificada no Brasil. No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo
intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da
carne brasileira, disse o Ministério da Agricultura, em nota.

A corretora Ativa avalia a notícia como muito negativa para o setor, especialmente para
Minerva, porém, comenta que o mercado parece ter precificado no pregão de ontem.

“O tema é sensível, uma vez que a China representa 70% das nossas exportações de carne
bovina. O caso está sendo tratado como atípico e sem risco de contágio, e a expectativa é de
retomada até março, porém a China não tem obrigação de voltar a comprar e já ficou três
meses fora e momentos anteriores. O Brasil pode redirecionar sua produção, mas a tarefa é
complexa e pode afetar o preço de exportação e, além disso, a Minerva pode redirecionar sua
produção para outros países, como Uruguai, e continuar atendendo, ainda que em uma medida menor”,
disse a Ativa, em nota divulgada na manhã desta quinta-feira.

A Minerva minimizou o impacto da notícia informando que, embora realize as exportações para a
China pelas unidades de Barretos (SP), Palmeiras de Goiás (GO) e Rolim de Moura (RO), agora
seguirá atendendo a demanda chinesa por meio de plantas de abate no Uruguai e na Argentina, sem
comprometer o seu share de mercado e o relacionamento com seus clientes.

A empresa também acredita que, “tal qual em períodos anteriores, a suspensão das
exportações brasileiras é temporária e deverá ser retomada em um curto espaço de tempo.”

A Levante Ideias de Investimento lembra que no caso das vendas para a China, por meio de
protocolo firmado entre o Brasil e a China em 2015, o Brasil deve promover um auto embargo e
comunicar às autoridades chinesas imediatamente. Parte do material coletado deve ser enviado para
um laboratório especializado no Canadá, a fim de confirmar o caso atípico e descartar
definitivamente o clássico Mal da Vaca Louca, e deve ser enviada à China uma delegação técnica
a fim de discutir as condições para a continuidade de exportação do produto ao país asiático.

“Os resultados do exame canadense devem sair em cerca de cinco dias, garantindo sofrimento ao
mercado ao menos até meados da próxima semana”, comenta a Levante. Com informações da Agência
CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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