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CARNES: Para desenvolver pecuária e leite, ABC Cerrado protege pastagens

14 de setembro de 2015
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Porto Alegre, 14 de setembro de 2015 – A Recuperação de Pastagens
Degradadas (RPD) deverá ser uma das tecnologias difundidas pelo Projeto ABC
Cerrado mais utilizadas no Maranhão, especialmente em áreas com potencial na
bovinocultura. Essa foi a principal conclusão do primeiro seminário de
sensibilização da iniciativa no Estado, promovido pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR) no município de Presidente Dutra, neste sábado
(12/9).

“Os produtores vieram buscar informações sobre o projeto e, mais
especificamente, sobre esse problema que atinge a região que é a degradação
das pastagens. Por ser uma das tecnologias difundidas pelo ABC Cerrado,
imaginamos que isso vai ajudar muito a desenvolver o potencial que a pecuária
de corte e de leite tem nessa área”, declara o coordenador técnico do
Projeto ABC Cerrado, Igor Orígenes Moreira Borges, que apresentou a iniciativa
durante o seminário.

Segundo a coordenadora regional do ABC Cerrado, Aline Saldanha, a
degradação de pastagens foi um dos problemas detectados dentro do Projeto
Mapito, que presta assistência técnica em mil propriedades na região
Presidente Dutra, Colinas e Barão de Grajaú. “O Projeto ABC Cerrado vai
complementar as ações que são promovidas pelo Mapito. Depois podemos evoluir
para outras práticas como a ILPF”, avalia Aline. A previsão é que sejam
formadas 20 turmas de capacitação do ABC Cerrado no Maranhão, totalizando 400
produtores rurais treinados.

Aproximadamente 400 produtores rurais, estudantes e presidentes de
sindicatos rurais da região participaram do evento. A programação também
abordou as outras tecnologias que serão trabalhadas no projeto – Sistema
Plantio Direto (SPD), Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e Floresta
Plantada (FP) – e temas como a desmistificação dos conceitos e a
aplicabilidade das tecnologias de baixa emissão de carbono. O próximo
seminário ocorrerá no município de Chapadinha, no dia 26 de setembro.

Na opinião do superintendente do SENAR Maranhão, Antonio Luis
Figueiredo, não existe mais espaço para incorporação de áreas no processo
produtivo e é necessário realizar a “troca de cultura vegetal”, ou seja,
substituir mato por pastagens para os animais, lavouras e florestas. Ele
destacou os ganhos de projetos de ILP que já existem no projeto Mapito e
reforçou a possibilidade de pequenas propriedades aderirem as tecnologias
difundidas pelo ABC Cerrado.

“Em uma mesma área de 50 hectares podemos ter exploração agrícola,
pastagem e pecuária graças a essas tecnologias. As atividades se sustentam e
a pastagem, por exemplo, que fica praticamente de graça, se transforma em ganho
de peso dos animais e lucro para o produtor. O SENAR tem a função de
socializar essas práticas para todos os produtores rurais. A busca é
incessante de alternativas para evitar a incorporação de novas áreas, ou
seja, temos que trabalhar a mesma área com rentabilidade”.

Conscientização é essencial

O nível de conscientização e a mudança de atitude dos produtores
são fundamentais para a adesão com mais facilidade ao Projeto ABC Cerrado.
Essa é a visão do professor de Agronomia aposentado da Universidade Estadual
do Maranhão (UEMA), César Rodrigues Viana, que participou do seminário.
Conforme ele, a região precisa aumentar a produção de grãos com a conversão
de outras áreas e a busca de ” desmatamento zero”, pois encontra-se dentro
da Amazônia Legal, onde a reserva legal é de 35% da área.

“Quanto menos terra usamos na agricultura, mais terra você está
deixando para a natureza. Precisamos de uma atividade cada vez mais intensiva,
com tecnologias de integração e de irrigação. O ABC Cerrado visa esse
equilíbrio e a sustentabilidade com coisas palpáveis”, observa.

O engenheiro agrônomo e produtor rural Marcelo Freitas, que há seis
anos executa projetos de ILPF em três biomas distintos do Maranhão (Cerrado,
Transição e Amazônia), confirma as inúmeras vantagens ambientais e
financeiras que a tecnologia proporciona para quem a aplica corretamente. Entre
as principais, ele destaca que o produtor não fica “refém” de uma
atividade ou mercado exclusivo, fica mais protegido frente às mudanças
climáticas e otimiza a mão de obra.

“É preciso saber aproveitar tudo que a natureza nos oferece de
graça apenas recorrendo ao que as tecnologias existentes nos ensinam. Temos que
ter sensibilidade para dar atenção a esses dois aspectos e é justamente isso
que esses seminários estão fazendo. O SENAR e a Embrapa são duas
instituições essenciais nesse processo”, ressalta.

Projeto ABC Cerrado

Ação conjunta do SENAR, do Ministério da Agricultura e da Embrapa, o
Projeto ABC Cerrado difunde e incentiva a adoção de práticas sustentáveis
para a redução das emissões de gases de efeito estufa e sensibiliza o
produtor para que ele invista na sua propriedade de forma a ter retorno
econômico mantendo o meio ambiente preservado. O SENAR é responsável pela
formação profissional dos produtores nas tecnologias e pela assistência
técnica e gerencial de propriedades rurais, com recursos do Programa de
Investimentos em Florestas (FIP, sigla em inglês) – administrados pelo Banco
Mundial, que doou US$ 10,6 milhões para a execução do projeto.

O ABC Cerrado vai atender oito Estados do Bioma Cerrado (Goiás, Mato
Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Bahia, Piauí, Minas Gerais e o Distrito
Federal), num período de três anos, com a promoção de quatro processos
tecnológicos: recuperação de pastagens degradadas, integração
lavoura-pecuária-floresta, sistema plantio direto e florestas plantadas. Ao
todo, 12 mil produtores rurais vão receber capacitação e, desse total, 1.600
propriedades – nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Mato Grosso do
Sul – receberão, também, assistência técnica. As informações partem da
Assessoria de Comunicação do SENAR.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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