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CARNES: Parasitas podem comprometer 43% do VBP de bovinos, diz Pearson

20 de outubro de 2023
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Porto Alegre, 20 de outubro de 2023 – A pecuária brasileira perde, anualmente, R$ 66 bilhões
devido a doenças causadas por parasitas, segundo estudo da Revista Brasileira de Parasitologia
Veterinária. Esse montante equivale a 43,5% do Valor Bruto da Produção de Bovinos, segundo o
Ministério da Agricultura e Pecuária. “Diante desse cenário, os produtores precisam investir no
controle da proliferação desses inimigos, principalmente em grandes rebanhos, pois a
contaminação é rápida, silenciosa e, como os números mostram, compromete terrivelmente o
resultado econômico do projeto”, afirma o médico-veterinário Thales Vechiato, gerente de produtos
para animais de produção da Pearson Saúde Animal.

O clima tropical, característico do Brasil, é ideal para os parasitas, principalmente nas
épocas de calor e chuva – cenário que em 2023 e parte de 2024 será agravado pelo fenômeno
climático El Niño. As altas temperaturas e a umidade do ambiente podem, assim, aumentar o desafio
de endoparasitas, que vivem dentro do corpo do animal, e de ectoparasitas, que atacam o couro e a
pele dos bovinos.

Entre os parasitas internos mais comuns em bovinos estão os vermes gastrointestinais, como
nematoides e cestoides, que podem infestar o trato digestivo. Eles se alimentam dos nutrientes do
animal, causando perda de peso, anemia e até mesmo a morte em casos graves. Já entre os principais
parasitas externos estão os carrapatos, bernes, moscas, piolhos e ácaros, que podem ser
encontrados no pelo, pele e orelhas dos bovinos. Além de causar desconforto, esses inimigos podem
transmitir doenças, causar irritação na pele e comprometer a produção de carne e leite.

“Outra condição parasitária comumente observada no gado leiteiro é a estefanofilariose,
também conhecida como úlcera da lactação. Esta enfermidade é provocada pelo parasita
Stephanofilaria spp, que afeta a pele dos bovinos. Visto que esses parasitas tendem a agir
principalmente no sistema interno dos animais, muitas vezes os sintomas das infestações não são
imediatamente visíveis. Portanto, é fundamental que os criadores estejam sempre vigilantes em
relação a determinados indicadores, como redução do apetite, ocorrência de diarreia, perda de
peso, diminuição na produção de leite, mudanças na condição da pelagem, inchaço nas
glândulas submandibulares e mucosas com sinais de anemia”, alerta Vechiato. As informações são
da assessoria de imprensa da Pearson Saúde Animal.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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