Porto Alegre, 30 de abril de 2015 – Neste início de outono no Rio
Grande do Sul, as condições climáticas caracterizam-se por
temperaturas que oscilam entre amenas na parte da manhã e em elevação no
período da tarde. As chuvas foram regulares na maioria das regiões;
porém, na região Sul e em alguns municípios da fronteira Oeste, foram
registradas precipitações pluviométricas abaixo dos volumes normais
necessários para o desenvolvimento das atividades agropecuárias,
caracterizando a condição de estiagem.
O campo nativo permanece ainda com acúmulo de forragem para os animais,
porém a qualidade do pasto começa a diminuir, pois nessa estação do ano as
forrageiras estão concluindo ciclo, acelerado em alguns locais devido à baixa
umidade do solo. As gramíneas perenes como Tifton e Jigs ainda apresentam
razoável produção de forragem.
A produção de massa verde necessária para este período de entressafra
das pastagens tem sido garantida pela regularidade das chuvas em algumas
regiões, aliada a um bom manejo. Uma das práticas para um manejo adequado é a
adubação consistente; a cada duas pastoreadas, deve ocorrer a suplementação
com adubação orgânica, com dejetos de suínos (cerca de 1,5 l/m) e/ou de
aves de corte (cerca de 0,5 kg/m).
No entanto muitas áreas já apresentam pastagem de baixa qualidade, em
virtude da proximidade do final do ciclo dessas espécies. As áreas cultivadas
das pastagens perenes de verão nas diversas regiões estão aumentando a cada
ano, devido a seu bom desempenho produtivo e qualidade nutricional.
As primeiras áreas implantadas de pastagens anuais de verão,
especialmente aveia, já estão sendo pastejadas. A maior área é cultivada com
azevém da variedade crioula, consorciado com aveia-preta. As experiências
negativas nos últimos cultivos com as variedades de azevém melhorado em
algumas propriedades, apresentando
rendimento insatisfatório, geraram uma forte restrição a seu cultivo.
Em relação ao milho silagem, a área da primeira safra está mais de
90% colhida. A média de produtividade na região de Lajeado foi de 30 t/ha,
chegando a 50 t/ha em alguns municípios. Nas áreas onde a silagem foi
realizada, os produtores estão aproveitando as plantas invasoras espontâneas
(papuã e milhã) para alimentar os animais mediante pastejo direto e iniciando
a semeadura dessas áreas com aveia e azevém.
A área de milho para silagem plantada tardiamente na denominada
safrinha não está apresentando bons resultados. Em algumas propriedades as
plantas apresentam pequeno porte, e já estão na fase de enchimento de grão,
com espigas pequenas.
Outro fator também observado é maior presença do capim anonni,
espécie forrageira exótica de baixa qualidade e palatabilidade, que deixa de
ser consumida pelos animais aumentado sua infestação e sobressaindo-se na
paisagem do bioma Pampa. Em função da baixa umidade e elevação das
temperaturas em alguns locais, foi observada a presença de insetos – como
pulgões cigarrinhas – nas áreas das pastagens anuais de inverno, como aveia
e azevém, semeadas mais cedo. Com informações do boletim semanal divulgado
pela Emater (RS).
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45