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CARNES: Resultado de 2017 em aves e suínos superou expectativa – ABPA

13 de dezembro de 2017
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Porto Alegre, 13 de dezembro de 2017 – Em análise apresentada há pouco,
em coletiva de imprensa em São Paulo (SP), o presidente-executivo da
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, disse que
os resultados de 2017 superaram significativamente a expectativa traçada pela
avicultura e pela suinocultura do Brasil no primeiro semestre. Após viver sua
mais profunda crise de imagem, vislumbra um horizonte positivo para o setor.

Os equívocos nas generalizações na divulgação da Operação Carne
Fraca deixaram, de imediato, marcas profundas no setor produtivo, seja junto ao
público brasileiro ou aos mercados internacionais.

Internamente, o setor produtivo virou rapidamente a página, com a
apresentação dos esclarecimentos técnicos. No mercado internacional,
entretanto, o processo foi mais longo e ainda hoje tem suas consequências.

Ao todo, 77 países aplicaram algum tipo de sanção às carnes de aves e
de suínos do Brasil. Atualmente, apenas Santa Lúcia, Trinidad e Tobago e o
Zimbábue mantém o bloqueio total às exportações brasileiras de carne de
frango e de carne suína – destes apenas Trinidad e Tobago efetivaram
embarques em 2016, no total de 217 toneladas. De forma geral, as medidas que
perduram são as suspensões parciais (somente às plantas investigadas na
Operação). Outros mercados intensificaram o processo de inspeção das
importações.

De acordo com as projeções da ABPA, as exportações de carne de frango
devem encerrar o ano em patamares próximos ao alcançado em 2016 (quando
registramos nosso melhor desempenho em volumes da história), porém, com uma
receita superior. As vendas para África do Sul, Egito, Iraque, Japão,
México e Angola reduziram os impactos da diminuição das importações
chinesas, europeias e de países árabes, além de outros mercados que
apresentaram diminuições menos expressivas.

De carne suína, mesmo com embarques em níveis inferiores em relação ao
ano anterior, chegar a volumes próximos de 700 mil toneladas foi uma vitória
para o setor. Em 2017, os elevados estoques chineses influenciaram a retração
deste que foi o terceiro maior importador de 2016, ao mesmo tempo em que a
Rússia, Argentina e Uruguai incrementaram significativamente suas compras.

Em situação ainda mais positiva, o mercado interno brasileiro
reconquistou parte dos níveis de consumo perdido ao longo dos últimos dois
anos, como impacto direto da crise econômica vivida pelo país. O cenário de
otimismo observado nos últimos meses também é visto no consumo de proteína
animal. O setor de ovos, por exemplo, chegou as 192 unidades per capita –
maior índice já registrado na história do setor. Os índices de consumo per
capita de carne de frango e de carne suína também devem apresentar elevações
neste ano, conforme as projeções da ABPA.

E, diferente do visto em 2016, o setor não foi impactado por dois
alicerces importantes de sua sustentabilidade econômica: o câmbio e os
insumos. A relativa estabilidade cambial em longos períodos de 2017
favoreceram os negócios de exportações do setor.

E os custos de produção ajudaram: o preço equilibrado do milho e da
soja, com a boa oferta dos insumos, garantiram ao setor produtivo melhor
capacidade competitiva internacional neste ano. Este é um cenário que o setor
trabalhará para manter em 2018, priorizando a compra do cereal produzido no
Brasil – importando, apenas, aos núcleos de produção onde se faça
necessário.

O setor, aliás, tem boas expectativas quanto ao próximo ano: com a
esperada concretização dos entendimentos entre russos e brasileiros em
relação às questões técnicas, a carne suína produzida aqui deve ser mais
demandada, com a realização da Copa do Mundo na Rússia. Além disto, a
Coreia do Sul e o Ministério da Agricultura brasileiro devem finalizar os
acordos de certificação sanitária, para dar início aos embarques. O Peru é
outro mercado que, em breve, deve importar a carne suína do Brasil.

De aves, há a expectativa de reaquecimento das importações dos países
do Oriente Médio. Na Ásia, as vendas para a Indonésia ainda devem demorar a
apresentar impactos positivos nas exportações, após as conclusões do Painel
movido pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio contra as medidas
protecionistas aplicadas pelo país asiático ao produto brasileiro. Por outro
lado, há expectativa quanto a viabilização das vendas para Taiwan, cuja
análise documental e de legislações já se encontra em fase final.

No mercado interno, a consolidação da retomada econômica deve manter em
alta a demanda pelo produto brasileiro – mesmo com o conturbado cenário
político, em ano de eleição.

Neste cenário, a ABPA, como representação setorial, seguirá em busca de
novas oportunidades para o setor produtivo brasileiro, mantendo a unificação
dos elos da cadeia produtiva. Como nunca, o ano de 2017 comprovou a
importância de uma associação como representação setorial, liderando a
interlocução com o governo e a sociedade, além dos stakeholders
internacionais. Este projeto deve ser ainda mais fortalecido no próximo ano.
Com informações da assessoria de imprensa da ABPA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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