Porto Alegre, 18 de maio de 2015 – O Rio Grande do Sul, juntamente com
Santa Catarina, recebe na próxima semana, em Paris, o certificado de área
livre de Peste Suína Clássica (PSC) da Organização Mundial de Saúde Animal.
É a primeira vez que a OIE vai reconhece zonas e países livres da doença.
Uma comitiva de autoridades e representantes de entidades gaúchas irão
comparecer à 83a Assembleia de Delegados que começa no dia 24 de maio na
capital francesa. O fato histórico tem alta relevância para a produção
sulista de carne suína. Rio Grande do Sul e Santa Catarina são responsáveis
por quase 70% das exportações brasileiras do produto. No estado gaúcho, a
cadeia movimentou, em 2014, mais de U$ 13 bilhões.
Para alcançar a certificação de área livre de PSC, foi realizado um
trabalho conjunto entre os setores público e privado desde o início dos anos
1990. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, acredita que este é o caminho
para o avanço de status em diversas frentes. “O setor de suínos deu o
exemplo de que aliando forças e distribuindo atribuições é possível
progredir. Esta é uma vitória de toda a cadeia produtiva que, junto com o
serviço oficial, cumpriu as exigências e manteve longe do rebanho esta grave
enfermidade”, conclui Kerber, que irá acompanhar a certificação em Paris.
Atualmente os estados do Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo,
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio
de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins,
juntamente com o Distrito Federal, são reconhecidos nacionalmente como áreas
livres da doença. A partir da próxima semana, RS e SC terão reconhecimento
internacional.
Mais de 20 anos de trabalho
Em 1991 foi registrado o último caso de Peste Suína Clássica no RS. No
ano de 1992, entidades ligadas às indústrias e aos criadores criaram um fundo
privado, com a finalidade de suspender a vacinação e garantir a indenização
de criadores, caso houvesse nova incidência da doença. Ao mesmo tempo, medidas
de proteção e orientação aos produtores foram amplamente divulgadas.
Também em 1992 foi realizada a última vacinação contra a doença no estado.
No ano de 2005 iniciou uma importante etapa do trabalho de erradicação
da doença, com o aporte de recursos do setor privado e a intensa comunicação
entre produtores, indústrias e o serviço oficial. O presidente do Fundo de
Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal, Rogério Kerber acredita que esse
trabalho iniciado com a PSC tenha sido um dos fatores que contribuiu com o
conceito do Fundesa.
A PSC é uma doença viral que atinge os suínos (e outros animais da
espécie suídea, como javalis) com alto índice de mortalidade. A enfermidade
provoca sintomas como febre alta, paralisia nas patas traseiras, manchas
avermelhadas pelo corpo, hemorragias e dificuldades respiratórias. Com
informações da assessoria de imprensa do Fundesa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45