Porto Alegre, 21 de janeiro de 2016 – O desenvolvimento das
pastagens de verão favorece o desenvolvimento da pecuária de corte, com maior
aproveitamento do campo nativo nas estações de clima mais quente. Em alguns
municípios, nesse último ano os agricultores implantaram áreas de pastagens,
tendo como base o tifton e a hermatria, com vistas a ampliar a oferta de pasto e
por consequência a lotação por hectare.
Dada a continuidade das chuvas, o campo nativo está com aumento
considerável na oferta de forragem e na sementação de algumas espécies.
Ocorre o florescimento das leguminosas, como trevo branco e lótus rincon. No
manejo nutricional de criações extensivas de bovinos de corte, é muito
importante o fornecimento de sal comum ou sal mineral aos rebanhos.
No município de Rio Pardo, algumas áreas utilizadas para o pastoreio de
bovinos de corte foram afetadas pelas enchentes dos rios Jacuí e Rio Pardo, e
assim a necessidade de alimentação via cocho aumentou os custos de produção.
Os rebanhos de cria estão em período reprodutivo, com mais de 80% dos
terneiros nascidos; produtores priorizam cuidados com o rebanho de cria para
aumentar a taxa de repetição. O período é também de acasalamento: com o bom
estado nutricional dos animais, provavelmente na próxima temporada de
parição haverá um acréscimo no número de terneiros nascidos.
O controle de moscas e carrapatos é o principal manejo dos rebanhos. Com
o clima quente e úmido, as infestações por insetos e carrapatos são altas.
Na maioria das propriedades os rebanhos são verificados diariamente, e os
banhos carrapaticidas estão sendo realizados em média a cada 25 dias, muitos
deles sendo intercalados com medicamentos injetáveis que auxiliam no controle
dos parasitas.
Há relatos que em campos dobrados e sujos o intervalo entre banhos
chega a ser de 20 dias, quando o normal seria de 30 a 45 dias. Com a ocorrência
de chuvas, a eficiência do banho carrapaticida fica comprometida, pois a água
da chuva dilui os produtos. Em Jaguarão o estado nutricional do rebanho bovino
é bom, com aumento acentuado na população de mosca-do-chifre.
Outro problema que já está sendo observado em alguns rebanhos, aliado a
incidência de carrapatos, é a ocorrência de tristeza parasitária dos
bovinos: sem interferência medicamentosa imediata, há óbito. Na bovinocultura
de corte há boa oferta de animais gordos para abate, e os preços estão
estáveis e em um bom patamar, assegurando uma boa lucratividade da atividade.
Alguns produtores aguardam ainda melhores preços para comercializar
animais gordos. Em Cachoeira do Sul e São Francisco de Assis já começa a
diminuir a oferta de gado gordo. Com informações do boletim semanal divulgado
pela Emater (RS).
Preços recebidos na regional de Porto Alegre (Carbonífera e Litoral Norte):
Categoria Preço (R$)
Boi gordo 5,20 a 5,30/kg peso vivo
Vaca gorda 4,60 a 4,70/kg peso vivo
Vaca de invernar (cabeça) 1.200,00 – 1300,00
Vaca com cria ao pé 1.950,00 – 2.150,00
Terneiro 950,00 – 1.000,00
Obs.: Prazo para pagamento: 30 dias.
Preços recebidos na regional de Santa Rosa
Categoria Preço (R$)
Boi gordo 5,00 a 5,10/kg vivo
Vaca gorda 4,30 a 4,40/kg vivo
Vaca magra 4,10 a 4,15/kg vivo
Vaca com cria 2.300,00 a 2.400,00
Novilha prenhe 4,60/kg vivo
Novilha 1,5 anos 4,50/kg vivo
Novilha 2,0 anos 4,70/kg vivo
Novilho 1,5 anos 5,00 a 5,30/kg vivo
Novilho 2,0 anos 4,80 a 5,10/kg vivo
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45