Porto Alegre, 6 de novembro de 2019 – O status de área livre de aftosa sem
vacinação conquistado por Santa Catarina é uma vitória de toda a cadeia
produtiva da proteína animal: produtores rurais, indústria e governo. Esse
aspecto foi realçado em Chapecó, nesta semana, durante o 3 Fórum
Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa que reuniu lideranças, técnicos e
autoridades do setor.
O conselheiro técnico do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária
(ICASA), Gerson Catalan, destacou a importância do Fórum para reunir a cadeia
produtiva e reforçar a necessidade do trabalho conjunto para a prevenção.
“Eventos como esse são fundamentais para que toda a cadeia produtiva, desde
as áreas técnicas, até produtores e agroindústrias estejam atentos ao risco
que Santa Catarina sofre e das providências que precisam ser tomadas para que a
doença não chegue ao Estado. Segurança nas fronteiras e alerta aos
produtores são ações fundamentais”, ressaltou.
O coordenador estadual do Programa de Febre Aftosa, Diego Rodrigo Torres
Severo, apresentou as ações que vêm sendo realizadas e as novidades para a
prevenção à doença nesta nova fase. “Estamos em estado de alerta para
evitar a entrada do vírus por todos os meios. Intensificamos treinamentos,
palestras e a conscientização dos produtores para o risco que a febre aftosa
representa para a economia de Santa Catarina”, apontou.
Salientou que o Estado tem 63 barreiras sanitárias, conduzidas por 428
auxiliares agropecuários. A equipe conta ainda com 299 médicos veterinários
do setor público e privado atuando na área e, no momento, cria novas parcerias
para reforçar o trabalho. “Contaremos agora também com a Secretaria de
Segurança Pública, que fornecerá toda a tecnologia que possui para que
possamos realizar a fiscalização necessária, e com a Defesa Civil e toda a
sua experiência, já que a entrada do vírus no Estado é considerada uma
emergência sanitária”, destacou.
De acordo com o coordenador, as barreiras fixas também estão realizando
trabalho intensificado de desinfecção dos veículos e o número de barreiras
móveis está sendo ampliado.
Para Severo, a palavra-chave é a prevenção. “Encerramos o Fórum com
um saldo positivo. Com a presença dos técnicos do Icasa, Cidasc e das
agroindústrias, vamos conseguir disseminar essa informação que precisa chegar
a todos os produtores, para que saibam da importância da prevenção à febre
aftosa para a manutenção da zona livre sem vacinação de Santa Catarina”,
realçou.
O Fórum foi prestigiado pela vice-governadora Daniela Reinehr e pelo
secretário da Agricultura do Estado, Ricardo de Gouvêa. As palestras
focalizaram o Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA), além
das ações estratégicas do Estado para prevenir a doença e novidades para
defesa agropecuária. O evento, realizado no Centro de Cultura e Eventos Plínio
Arlindo de Nês, fez parte da programação do 9 Simpósio Brasil Sul de
Bovinocultura de Leite.
A preocupação para Santa Catarina, que não registra nenhum caso da
doença há 26 anos, vem da reação do País à necessidade de atender
importantes demandas do mercado internacional. Com o aumento das importações,
especialmente por países como a China, que passou a comprar proteína animal em
grande quantidade, os outros Estados brasileiros também iniciaram um processo
de retirada da vacina da febre aftosa, para pleitear a conquista de um status
sanitário como o de Santa Catarina. O fato deixa o Estado em alerta, já que,
sem vacinação, o rebanho estaria vulnerável.
O rebanho bovino catarinense é formado por 5 milhões de cabeças de gado.
Com informações da assessoria de imprensa do ICASA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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