safras

CARNES: SC reforça controles após retirada da vacina contra aftosa no PR

24 de outubro de 2019
Compartilhe

Porto Alegre, 24 de outubro de 2019 – A retirada da vacinação contra
febre aftosa no Paraná deixa Santa Catarina em alerta. Há 26 anos sem focos da
doença, os catarinenses reforçam o controle sanitário durante esse período
de transição, já que a partir de novembro o Paraná irá suspender a
vacinação contra febre aftosa.

Com a medida, a expectativa é que 9,2 milhões de bovinos deixem de ser
imunizados no estado vizinho. Essa decisão não muda as normas vigentes em
Santa Catarina, ou seja, continua proibida a entrada de bovinos e bubalinos de
outros estados, inclusive do Paraná.

Na última terça-feira, 15, o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) autorizou o Paraná a suspender a vacinação contra febre
aftosa a partir de novembro e a intenção é de que em 2021 o estado seja
reconhecido como área livre da doença pela Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE) – como já aconteceu com Santa Catarina em 2007.

“Santa Catarina segue como o único estado brasileiro reconhecido pela OIE
como livre de febre aftosa sem vacinação, o que nos coloca em uma posição
privilegiada na busca por mercados e demonstra o cuidado extremo com a saúde
dos nossos animais. Aqui todos os animais são identificados para que possamos
comprovar que são nascidos e criados em solo catarinense. A retirada da
vacinação no Paraná irá nos demandar uma vigilância ainda maior nesse
primeiro momento já que o nosso rebanho não recebe vacina há 19 anos e não
tem nenhuma imunidade contra a doença”, destaca o secretário da Agricultura,
da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.

Retirada da vacina no Paraná

A autorização do Ministério para que o Paraná suspenda a vacinação é
o primeiro passo de um longo caminho em busca do reconhecimento internacional
como área livre da doença. O Mapa ainda fará o monitoramento para avaliar a
atuação dos postos de fiscalização nas divisas e, posteriormente, poderá
reconhecer nacionalmente o Paraná como área livre da febre aftosa sem
vacinação.

O secretário Ricardo de Gouvêa ressalta ainda que a principal
preocupação de Santa Catarina é quanto a comprovação de origem dos animais
nascidos no estado vizinho. “O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção
da Febre Aftosa não prevê a comprovação de origem dos animais, assim não
é possível identificar onde os bovinos e bubalinos nasceram. As exigências
internacionais são claras e preveem a identificação, registro e a
rastreabilidade dos bovinos e é nisso que Santa Catarina acredita”, explica.

Exemplo de Santa Catarina

Os catarinenses iniciaram os trabalhos em busca do reconhecimento
internacional em 1993, ano do último foco da doença no estado. A partir de
2000, foi suspensa a vacinação contra a doença e proibida a entrada de
bovinos de outros estados, onde a vacinação é obrigatória. Sete anos depois,
Santa Catarina obteve o reconhecimento da OIE, tornando-se referência
internacional no cuidado com a saúde animal e defesa agropecuária.

Garantir esse status sanitário diferenciado demanda um esforço conjunto
do Governo do Estado, produtores e iniciativa privada. A Companhia Integrada de
Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) mantém 63 barreiras
sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que
controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários.

Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas
fronteiras, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e
rastreados. “Nós temos o registro completo de todos os bovinos do estado. A
brincagem obrigatória nos dá total controle de que esses animais são nascidos
em Santa Catarina, isso traz uma segurança para os produtores, agroindústrias
e também para o mercado internacional. A identificação de origem dos bovinos
é um grande diferencial do agronegócio catarinense”, completa o secretário
Ricardo de Gouvêa.

Vigilância permanente

A erradicação da doença em Santa Catarina fez com que o estado tenha
regras especiais para o trânsito de animais. Já que é proibido o uso de
vacina contra febre aftosa em todo o território catarinense, não é permitida
a entrada de bovinos provenientes de outros estados. Para que os produtores
tragam ovinos, caprinos e suínos criados fora de Santa Catarina é necessário
que os animais passem por quarentena tanto na origem quanto no destino e que
façam testes para a febre aftosa, exceto quando destinados a abatedouros sob
inspeção para abate imediato.

O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância para
demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina.
Continuamente, a Cidasc realiza inspeções clínicas e estudos sorológicos nos
rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de
qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer
cidadão. A iniciativa privada também é uma grande parceira nesse processo,
por meio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa). Com
informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura,
da Pesca e do Desenvolvimento Rural.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2019 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 15/08/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,57

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.665,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.400,00

Milho Saca

R$ 68,75
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 14/08/2025 10:30

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria