Porto Alegre, 08 de outubro de 2014 – O aumento da produtividade e da
eficiência da pecuária em pastagem será discutido por especialistas durante o
I Simpósio de Pecuária Integrada que a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária e a Universidade Federal de Mato Grosso promovem nos dias 9, 10 e
11 de outubro em Sinop (MT).
Com palestras sobre recuperação de pastagens, sistemas silvipastoris,
intensificação da produção pecuária, pecuária de baixa emissão de carbono
e síndrome da morte do braquiarão, o evento irá apresentar as principais
tecnologias disponíveis para o desenvolvimento da pecuária a pasto. “Queremos
que este Simpósio seja um elo entre o setor produtivo, a pesquisa e a
extensão. Que ele seja um espaço para discussão das dificuldades e desafios
enfrentados pelo produtor e para apresentação das tecnologias disponíveis
para serem levadas ao campo”, afirma o pesquisador da Embrapa
Agrossilvipastoril e um dos coordenadores do evento Bruno Pedreira.
De acordo com especialistas a pecuária brasileira está abaixo de seu
potencial produtivo. Em Mato Grosso, por exemplo, são 28 milhões de cabeças
de bovinos em 26 milhões de hectares de pastagens, segundo dados do Instituto
de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea). A taxa de lotação é
pouco superior a uma cabeça por hectare, enquanto seria possível dobrar ou
triplicar este número com a adoção de boas práticas na condução da planta
forrageira e no planejamento do sistema produtivo.
Síndrome da morte da braquiária
O I Simpósio de Pecuária Integrada também marcará a apresentação do
zoneamento edáfico de risco de ocorrência da síndrome da morte da braquiária
em Mato Grosso. Trata-se de um mapa indicando as áreas com maior risco de
ocorrência do problema, que acomete, sobretudo, as pastagens com a Brachiaria
brizantha cv. Marandu (braquiarão ou brizantão).
A síndrome é uma das principais causadoras da degradação de pastagens
na região Norte do país e em algumas áreas do Centro-Oeste mais próximas da
Amazônia, como o norte de Mato Grosso. Estes locais possuem um regime intenso
de chuvas, passando dos 2.000 mm anuais, e solos mal drenados ou de baixa
permeabilidade. Desta forma, ocorre o alagamento ou encharcamento do solo,
reduzindo a oxigenação das raízes do brizantão. Como esta planta tem baixa
adaptação a estas condições, fica mais suscetível ao ataque de fungos
causadores de doenças presentes no solo. A ação destes microrganismos faz com
que as folhas fiquem amareladas e murchem, o que resulta na mortalidade em
touceiras e em grandes reboleiras.
“Identificar as áreas com risco de ocorrência é a primeira informação
que o pecuarista precisa para definir qual forrageira usar em sua propriedade.
A partir daí entram as informações sobre qual cultivar é mais indicada para
a substituição e quais técnicas usar para fazer a reforma da pastagem”,
afirma o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente e responsável pela elaboração
do zoneamento, Celso Manzatto.
Para dar mais subsídios ao pecuarista, o simpósio terá também a
apresentação de resultados de pesquisas realizadas em Mato Grosso mostrando o
desempenho de diferentes cultivares de forrageira em áreas onde ocorreu a morte
do capim Marandu.
Inscrições
Ainda é possível se inscrever no I Simpósio de Pecuária Integrada. Para
isso é necessário acessar o site www.pecuariaintegrada.com.br. A inscrição
custa R$ 60 para estudantes e R$ 100 para profissionais. Os participantes
receberão certificado e os anais com as palestras apresentadas nos três dias
de evento. Com informações da assessoria de imprensa da Embrapa
Agrossilvipastoril.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 22/11/2024 17:50