safras

CARNES: SRB emite nota sobre suspensão das importações do Brasil pelos EUA

23 de junho de 2017
Compartilhe

Porto Alegre, 23 de junho de 2017 – A Sociedade Rural Brasileira (SRB)
avalia, nesta nota divulgada à imprensa, como a iniciativa privada e o setor
público podem atuar juntos para o Brasil recuperar a credibilidade da carne
bovina fresca na comunidade internacional, após decisão dos Estados Unidos de
suspender a importação da proteína animal brasileira. Leia a íntegra da
nota, abaixo:

Autoridades sanitárias dos Estados Unidos da América e da União Europeia
sinalizam problemas no controle e inspeção de produtos de origem animal do
Brasil

Ontem, o Secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue,
anunciou a suspensão da importação de carne bovina fresca do Brasil. A
suspensão deve vigorar até a data em que a autoridade sanitária
norte-americana se sinta satisfeita com as alterações na inspeção de
produtos de origem animal que, a seu ver, são necessárias para salvaguardar o
consumidor.

Na semana passada, o Secretariado do Conselho da União Europeia emitiu
declaração, relatando os problemas identificados nas importações de produtos
de proteína animal. Em carta ao Ministro Blairo Maggi, o Comissário europeu
de Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, comunicou-o sobre os
problemas, informando que esperava serem corrigidos com brevidade ou a
determinação de maior suspensão.

Os produtos do Brasil realmente têm problemas? O setor produtivo do Brasil
é extremamente moderno, o que, certamente, causa temores aos nossos
concorrentes. A indústria de processamento é, quase na sua totalidade, muito
nova e moderna, até mesmo como resultado do recente e importante crescimento
que tivemos na produção e exportação de produtos de origem animal. Além de
controles internos modernos na produção, a indústria é fiscalizada
constantemente por Auditores do Ministério da Agricultura. Quase semanalmente,
o Brasil recebe Delegações de países importadores, que também realizam
fiscalizações no sistema do Ministério da Agricultura. O produto de origem
animal do Brasil está entre os melhores do mundo.

Infelizmente, a fragilidade institucional nos mais altos níveis da Nação
criou um descrédito do País. Aliado a esta dificílima questão, a operação
“carne fraca” e, posteriormente, a operação “carne fria” da Policia
Federal identificaram problemas reais de relacionamento promíscuo entre agentes
públicos e o setor privado. Problemas que, é verdade, não destroem a
qualidade do produto brasileiro, porém, arruínam a credibilidade das
instituições que deveriam garantir esta qualidade.

O comércio internacional, em especial de produtos agrícolas, está
sujeito a pressões protecionistas de nossos concorrentes, sempre muito
politicamente ativos. A fragilidade institucional existente no País hoje,
contudo, permitiu aos concorrentes aproveitar a situação para impor as
sanções comerciais ao Brasil nos últimos dias.

É preciso reagir, porém, sem negar os problemas, pois eles existem, ainda
que diminutos. É preciso reagir, corrigindo, em primeiro lugar, o
relacionamento entre os setores público e privado. Em segundo lugar, tomar a
iniciativa imediata de alterar as pequenas questões identificadas, visando
eliminar os problemas de inspeção.

A liderança dessas alterações deve partir da sociedade. O setor privado
deve atuar, sobretudo, no sentido de promover alterações estruturais, tanto no
relacionamento com o setor publico, como nas ações de inspeção. O setor
público, por sua vez, precisa modificar a eficiência de seus controles, para
garantir a independência de ação de seus auditores, assegurando prioridade e
com o reconhecimento de que os serviços públicos se destinam à valorização
da produção do Brasil. Ou seja, a transparência no relacionamento entre os
setores público e privado deve ser total e valorizada.

É um desafio, mas podemos atingi-lo. Certamente, é mais fácil em
relação a tudo o que já conquistamos. Essa tarefa, porém, exigirá dos
setores público e privado uma atuação em conjunto para reconquistarmos a
credibilidade que merecemos. As informações partem da assessoria de imprensa
da SRB.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2017 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 06/06/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,37

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.725,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 67,50
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 05/06/2025 09:30

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria