Porto Alegre, 21 de maio de 2019 – Com a peste suína alarmante na China,
produtores de suínos de Mato Grosso do Sul estão organizados e se preparando
para o novo momento do setor, que exige reforçar cuidados com a sanidade animal
e se preparar para atender a demanda internacional pela proteína.
A previsão da Rabobank é de que a peste suína na China gere déficit de
16 milhões de toneladas de carne suína até o fim de 2019, com a morte de até
200 milhões de animais. A expectativa é que o país demore ao menos cinco
anos para retomar aos patamares normais de produção de suínos.
Preparar-se para atender a demanda da China, sem descuidar da sanidade
animal é o desafio dos produtores, principalmente nos estados que fazem
fronteira com outros países. “Estamos iniciando um momento especial na
suinocultura, mas não podemos esquecer do básico, que é a sanidade, temos que
assegurar nosso plantel. Com certeza todos seremos beneficiados, mas diante de
um problema grave, e não podemos deixar que esse problema chegue até nós”,
afirma o presidente da Asumas (Associação sul-matogrossense de suinocultores),
Alessandro Boigues.
Dados do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
mostram que em 2018 o Brasil exportou 155,9 mil toneladas de carne suína in
natura para a China o equivalente a US$ 304 milhões. Diante do novo cenário,
em abril de 2019 as exportações brasileiras de suínos para a China atingiram
US$ 35,8 milhões, maior valor mensal vendido para aquele país desde o início
da série histórica em 1997. O montante é 42% maior que o resultado do mês em
2018.
Produtor há 13 anos no município de Glória de Dourados, Marcelo Scholz
Slongo, afirma que independente do mercado externo, a suinocultura vive um
momento favorável à expansão. “Nossa condição hoje, de parceria com a
indústria, já nos coloca numa situação favorável para aumentar a
produção. Temos demanda interna suficiente para nos deixar otimista com o
setor, o fator internacional vem como um incentivo a mais para que o produtor
invista em aumentar sua produção”.
Marcelo produz 12 mil animais por ano, entregues em quatro lotes ao
frigorífico e destaca que “em relação a sanidade e biosseguridade, Mato
Grosso do Sul tem feito o dever de casa e está preparado para crescer com
segurança. O momento é de alerta e de redobrar cuidados, mas temos aqui no
Estado um trabalho árduo nesse quesito”, destaca o suinocultor.
Representante da ABCS (Associação Brasileira de Criadores de Suínos),
Charli Ludtke, explica que a entidade tem desenvolvido material informativo para
os produtores sobre as medidas de biosseguridade essenciais para garantir a
segurança do país em relação a sanidade animal. “Temos que impedir de todas
as maneiras a entrada da doença no nosso país e temos condições para
isso”. As informações partem da assessoria de imprensa da entidade.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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