Porto Alegre, 30 de setembro de 2022 – Nos dias 26 e 27 de outubro, em Foz do Iguaçu, no
Paraná, será realizada a 10a edição da PorkExpo, marcando a volta do evento depois de uma
ausência forçada pela tragédia sanitária que abateu o planeta inteiro, a pandemia da Covid-19.
Será a coroação de uma marca que reúne há vinte anos mais de quinze mil participantes por
edição.
O mercado brasileiro e internacional permanece desafiador. O criador sofre com os custos de
produção, principalmente pelos valores do farelo de soja, milho, energia e os insumos importados
usados no manejo de nutrição e sanidade do rebanho. “O mercado de carnes e grãos foi sacudido por
quatro tsunamis desde 2018. Peste Suína Africana (PSA), pandemia da Covid-19, a recessão
econômica mundial e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Realmente, todas as granjas brasileiras
foram atingidas. E nem todos vão sobreviver. Até porque a situação de preços não vai melhorar
antes de 2024. Tem inflação nos países ricos e problemas graves persistentes de logística.
Porém, o consumo de alimentos segue aumentando. E a suinocultura vai crescer. O objetivo do criador
brasileiro agora tem que ser sobreviver. Continuar fazendo mais com menos”, argumenta o especialista
e consultor da OD Consulting, Osler Desouzart.
Falando a suinocultores paulistas na semana passada, ele destacou que o consumo de alimentos vai
crescer 1,4% ao ano no planeta, até 2031. Com os países em desenvolvimento sendo o motor presente
e futuro da produção e do consumo de proteínas animais. Notadamente Ásia, África e América
Latina. Até porque 89,1% do crescimento demográfico mundial até 2050 vão verificar-se na Ásia e
África. Sendo que o futuro do mercado de alimentos está entre os que não comem o suficiente.
“Até uma determinada renda, as famílias usam o dinheiro para comer. E o que entra é para comprar
mais proteína animal. A produção de carnes vai atingir 377 milhões de toneladas nos próximos
onze anos, mas crescendo mais lentamente. Elevação que virá com tecnologia, produtividade e
expansão global dos rebanhos. A granja brasileira deve seguir produzindo, de olho neste panorama. A
nossa suinocultura já é 5.0. A produção vai crescer 16,5% até 2031”, acrescentou.
As vendas externas são outro termômetro que precisam animar o setor. As exportações
brasileiras de carne suína atingiram em agosto 116,3 mil toneladas, o maior volume já embarcado em
um único mês. O número é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em receita, as
vendas alcançaram US$ 269 milhões. No acumulado do ano, já são 722,8 mil toneladas vendidas. A
China foi o principal destino das exportações, seguida por Filipinas, Vietnã, Chile e Tailândia.
Outro sinal de que os produtores seguem atuando a todo vapor é que o Brasil abateu no segundo
trimestre deste ano 14,07 milhões de cabeças de suínos, um recorde desde o início da série
histórica, iniciada em 1997. O abate teve alta em 19 das 25 Unidades da Federação participantes
da pesquisa. O crescimento foi maior em Santa Catarina, no Paraná, Rio Grande do Sul, em São
Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. “Entendam que a Suinocultura é um segmento de
margens baixas, mas de demanda. Cassem e defendam-se em manada. Precisamos de mais união. Resolvam
os problemas. Muita gente vai quebrar no meio do caminho. Mas teremos que encontrar um novo mundo.
Trabalhem o animal como um todo. A exportação é importante para ajudar no mercado interno e na
produtividade. Rediscutem os modelos para poderem sobreviver. Façam diferente e coletivamente. E
aproximem-se mais ainda da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) para a abertura de
mercados internacionais”, resumiu Osler Desouzart.
É todo esse contexto de Produção, Tecnologia e Mercado que vão nortear a Pork 20, no Recanto
Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR), marcando a 10a Edição da PorkExpo &
Congresso Internacional de Suinocultura. As informações partem da assessoria de imprensa do
evento.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 13/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 66,75Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45