Porto Alegre, 25 de maio de 2022 – Nesta sexta-feira (27/5), completará um
ano da certificação internacional do Rio Grande do Sul como zona livre de
febre aftosa sem vacinação, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O novo status veio para comprovar a qualidade dos rebanhos gaúchos e a
solidez do relacionamento entre o serviço de defesa e fiscalização da
Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e o setor
produtivo.
“É um dia para comemorar, mas sem esquecer, a cada momento, que a
evolução desse status aumenta o nosso compromisso como instituição. Esse
movimento representa mercados que estamos conseguindo conquistar, não só em
volume, mas também em valor agregado”, avalia o secretário Domingos Velho
Lopes.
Um sistema dessa magnitude levou muitos anos para se estabelecer e
consolidar. “Nosso trabalho para a evolução do status não é de agora:
começou já em 2010, com os primeiros estudos de análise de risco
multicritério. A partir deste trabalho, detectamos as principais áreas de
risco de ingresso no Estado, para aplicarmos um trabalho de vigilância
dirigida”, conta o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, Fernando
Groff.
Desde então e até hoje, a Secretaria continua suas atividades de
mitigação de risco, com trabalhos em propriedades rurais, eventos
agropecuários e fiscalização de trânsito. “Visitamos, em média, 2% do
total de propriedades rurais gaúchas por semestre, o que dá em torno de 5 mil
propriedades visitadas por round, totalizando de 10 a 11 mil por ano. Os
últimos três semestres tivemos um abalo, por causa da pandemia, com menos
visita. Mas, nesse período, foram vistoriadas 2,5 mil propriedades, com 3,4 mil
bovinos. Já estamos em torno de 4 mil propriedades vistoriadas neste último
semestre”, enumera Groff.
Uma importante ação de vigilância ativa, o programa Sentinela atua em
conjunto com as forças policiais na fronteira do Rio Grande do Sul com o
Uruguai e a Argentina. O objetivo do programa, bem como do Guaritas (na divisa
com Santa Catarina), é coibir o trânsito ilegal, o contrabando e o descaminho
de animais e produtos de origem animal em território gaúcho. Em abril, foi
concluída uma série de treinamentos para o uso de drones, a fim de qualificar
a fiscalização do Sentinela nos 1,2 mil quilômetros de fronteira que o Estado
divide com os dois países vizinhos, abarcando 59 municípios gaúchos.
Neste primeiro ano de novo status sanitário, de junho de 2021 a abril de
2022, o Sentinela executou 69 operações, com 479 barreiras de trânsito, 2.539
veículos vistoriados, 378 propriedades fiscalizadas e 91.550 quilômetros
percorridos. Nestas ações, foram fiscalizados 42.787 bovinos, sendo 12.677
deles irregulares, o que gerou 540 autuações e R$ 2,14 milhões em multas
aplicadas, além de 234 abates sanitários. No mesmo período, durante as
operações, foram realizadas 4.940 ações de Educação Sanitária.
Rapidez no atendimento
Além da vigilância ativa, outro ponto primordial para a manutenção do
status sanitário é a notificação de qualquer suspeita de que a febre aftosa
esteja se manifestando no rebanho. E, para isso, o produtor tem um papel muito
importante. “O Serviço Veterinário Oficial, sozinho, não vai conseguir
manter nenhum tipo de doença fora do Estado. Precisamos da cooperação do
produtor, revisando seus rebanhos regularmente, comunicando animais com suspeita
à inspetoria e colaborando com as ações de vigilância”, destaca Groff.
A comunicação de suspeitas deve ocorrer até 24 horas do provável
início da doença. O horário limite de atendimento do Serviço Veterinário
Oficial no Estado é de até 12 horas, mas a Seapdr está conseguindo atender a
97% das suspeitas em menos de seis horas. Os canais de notificação da
Secretaria estão listados em www.agricultura.rs.gov.br/notificacoes.
Além das feridas que dão nome à enfermidade, também são sintomas da
febre aftosa: manqueira, babeira, febre, inapetência/perda de peso e redução
na produção de leite. São susceptíveis à doença os bovinos, ovinos,
suínos, caprinos e outros animais de cascos fendidos. Com informações da
assessoria de comunicação social da Secretaria da Agricultura, Pecuária e
Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr).
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45