Porto Alegre, 9 de setembro de 2021 – Em reunião na tarde de ontem (8), no
auditório da Farsul, na 44a Expointer, para discutir a vigilância nas
fronteiras e outras formas de cooperação entre o Brasil e o Uruguai,
representantes dos dois países decidiram fortalecer estas trocas através de um
memorando de entendimento. O documento está sendo elaborado e deverá ser
assinado pela Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil,
Tereza Cristina, e pelo Ministro de Agricultura, Pesca y Ganaderia do Uruguai,
Fernando Mattos. A data ainda não está confirmada.
Participaram da reunião representantes do Serviço Veterinário Oficial da
Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da
Superintendência do Mapa no Rio Grande do Sul, dos Ministérios de Agricultura
e do Interior do Uruguai, do Consulado da República Oriental do Uruguai e da
Farsul.
Na abertura, a secretária Silvana Covatti destacou a importância desta
estratégia de aproximação entre os serviços veterinários oficiais dos dois
países. “Esta agenda é muito importante para estabelecer esta colaboração
técnica, a definição de treinamentos, o controle nas nossas fronteiras, agora
que somos um estado zona livre de aftosa sem vacinação”, destaca.
Já o ministro do Uruguai, Fernando Mattos, parabenizou a conquista gaúcha
de zona livre de febre aftosa sem vacinação. “Nós já temos um
intercâmbio histórico-cultural muito intenso com o Rio Grande do Sul e que
deve se fazer também na vigilância das fronteiras. Nós estamos aí para
colaborar, para acompanhar”, afirma.
O diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, declarou que com o
novo status é muito importante esta parceria. “Os problemas do Rio Grande do
Sul e do Uruguai são os mesmos, mesmo com o status diferente dos dois países,
já que o Uruguai é livre de febre aftosa com vacinação. O que surgir aqui,
desta reunião, vai impactar na pecuária do Rio Grande, afirma.
O fiscal estadual agropecuário Francisco Lopes, da Secretaria da
Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), apresentou o trabalho
desenvolvido pelo Programa Sentinela nas fronteiras do Rio Grande do Sul com a
Argentina e Uruguai. De acordo com Lopes, coordenador do Programa, “o
principal problema que existia na fronteira com o Uruguai é o gado de corredor,
os animais que ficam nas margens das estradas e das rodovias. Depois de três a
quatro meses de trabalho do Sentinela, com ações de educação sanitária,
autuações e recolhimento dos animais este problema diminui muito”, destaca.
Já na fronteira com a Argentina, o maior desafio é o contrabando de animais.
Segundo ele, ainda faltam duas metas importantes a serem alcançadas pelo
Programa. “As atividades binacionais de cooperação, trabalho de parceria com
os países de fronteira com o Rio Grande do Sul, como o que estamos debatendo
hoje com o Uruguai. E a rastreabilidade individual dos bovinos, que já existe
no Uruguai, em partes da Argentina e no estado vizinho de Santa Catarina”,
destaca.
O memorando de entendimento, que está sendo elaborado entre os dois
países, vai permitir a formalização de um intercâmbio técnico, de
informações e capacitações.
E já está em discussão o desenvolvimento de uma atividade piloto na
fronteira entre os dois países em outubro e a partir de novembro um serviço
efetivo de cooperação na região de fronteira, com equipes trabalhando de
forma simultânea e integradas. Também estão previstos simulados entre os dois
países, a exemplo do que já ocorreu em 2016. O local ainda não está
definido.
“A vigilância nas fronteiras é extremamente importante nesse novo
status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, porque quando não há
mais vacina, outras ferramentas precisam ser potencializadas. A vigilância
sanitária é a principal delas’, destaca Rosane Collares, diretora do
Departamento de Defesa Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura. Com
informações da assessoria de imprensa da SEAPDR.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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