Porto Alegre, 29 de abril de 2019 – Ao dar início neste sábado (27), em
Uberaba (MG), a campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa, a
ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) pediu a todos
os produtores brasileiros que assumam a responsabilidade de vacinar seus
rebanhos de bovinos para impedir a volta da doença ao território nacional.
A ministra lembrou que, graças ao sucesso das campanhas de vacinação, o
Brasil conseguiu ser declarado, no ano passado, livre da aftosa com vacinação,
e agora está iniciando um programa para a retirada gradual da vacina. Por
enquanto, apenas Santa Catarina é considerado estado livre da aftosa sem a
necessidade de vacinação.
“É importantíssima a responsabilidade do produtor brasileiro em vacinar
seu gado”, disse a ministra. “Existe um programa que o produtor brasileiro
precisa seguir para vacinar no prazo correto, ele precisa usar a vacina em 30
dias, e a dosagem vai diminuir”.
A ministra e a secretária de Agricultura de Minas, Ana Valentini,
aplicaram simbolicamente as primeiras vacinas durante a abertura oficial da 85a
Expozebu, em Uberaba. Tereza Cristina explicou a importância de vacinar
corretamente o gado lembrando que o Brasil teve problemas nas exportações de
carne para os Estados Unidos, porque a vacinação não foi feita de maneira
correta. Só agora, dentro de algumas semanas, os americanos vão mandar uma
missão oficial ao Brasil para inspecionar os frigoríficos e decidir se
suspendem a proibição de importar a carne brasileira.
“Alguns estados vão retirar primeiro (a vacina) e depois vão os outros.
Isso dará um status diferenciado para a carne brasileira para exportação.
Nós poderemos atingir novos mercados. Mas agora existe um programa de
vacinação a ser cumprido”, explicou ela.
A ministra disse que é uma grande meta para o país retirar a vacina
gradualmente, até 2023, o que vai exigir muito dos pecuaristas, do governo e
das associações representativas do setor, que precisam compreender a
responsabilidade que existe ao eliminar esta vacina. “Com isso, vamos ter um
upgrade nas exportações de carnes, de miúdos, para muitos países do mundo
que hoje restringem a importação de carne por causa da vacinação, apesar de
o Brasil ser livre da doença em todo o seu território. Esse é o próximo
grande passo da pecuária brasileira”, disse ela, explicando que a retirada
será feita por grupos de estados.
Plano safra
Sobre o crédito agrícola, a ministra confirmou que acabaram antes do
previsto, as verbas previstas no atual Plano Safra (2018/2019) para o
financiamento de tratores e outros maquinários dentro do programa Moderfrota,
financiado pelo BNDES. Os produtores tiveram mais interesse em contrair os
empréstimos para esse tipo de investimento do que o previsto pelo governo
Michel Temer, em 2018. Mas não houve nenhum corte no Moderfrota, tanto que nas
atuais negociações com o Ministério da Economia para o próximo Plano Safra
(2019/2020), que vai ser anunciado no dia 12 de junho, em Brasília, estão
sendo contempladas novas verbas para o programa.
“Não tem nenhum programa que será cortado, nós faremos apenas algumas
modificações, aumentando a verba para os programas que têm mais demanda e
diminuindo aqueles que têm menos demanda”, afirmou a ministra.
Tereza Cristina reafirmou também que vai aumentar a prioridade para aos
programas de assistência técnica e extensão rural, principalmente para os
pequenos e médios produtores, mas direcionando as verbas para fazer com elas
cheguem realmente aos agricultores e que a assistência seja efetivamente
realizada. “Não queremos que só sejam feitos projetos para pegar dinheiro em
banco”, disse a ministra.
Ela recebeu a medalha de mérito da (Associação Brasileira dos Criadores
de Zebu (ABCZ) na categoria política e participou a cerimônia de descerramento
da placa comemorativa dos 100 anos de existência da ABCZ. Com informações da
assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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