Porto Alegre, 9 de dezembro de 2019 – As proteínas tiveram um terceiro
trimestre desafiador, segundo a Maersk, uma das maiores empresas de logística
integrada de contêineres do mundo. A exportação de aves, carne bovina e
outras carnes exportadas em contêineres caíram 7%, 3% e 3%, respectivamente, e
o volume de carne bovina deverá reagir e voltar a crescer no quarto trimestre,
graças à crescente demanda chinesa.
A previsão da Maersk para as exportações de carne bovina no quarto
trimestre é de crescimento próximo a 5%. “O crescimento ainda não é tão
grande, por causa de mercados como Egito, que deixou de comprar pois está
superestocado, Arábia Saudita com baixa demanda e Rússia, que não compra a
carne bovina brasileira há algum tempo. A China é o grande mercado onde os
exportadores estão concentrando seus volumes”, explica Matias Concha, Diretor
de Produto da Maersk para a Costa Leste da América do Sul.
Segundo ele, um fator que também impacta ou prejudica o potencial do
crescimento do volume de exportação é a dificuldade dos frigoríficos na
compra do boi. “O preço está alto e a oferta do boi com idade máxima de 30
meses, uma restrição chinesa, criam também dificuldades para aumento de
volume e formulação de preço”, completa. Para o mercado Europeu, os
exportadores de carne bovina estão enfrentando dificuldades, pois os
consumidores estão optando cada vez mais por fornecedores locais ou fechados,
como a Polônia. Espera-se que a demanda do Oriente Médio permaneça
consistente e estável, no entanto, os exportadores brasileiros perderam terreno
para os produtores locais devido a liberação de novas plantas e incentivos
governamentais, além da concorrência da Rússia e da Ucrânia.
Para o frango no quarto trimestre, a Maersk informa que não há
crescimento previsto e pode ocorrer até um leve declínio nas exportações. O
mercado doméstico está aquecido, pois a carne de frango é a principal
substituta de carne bovina que, no momento, apresenta preços elevados. “A
exportação, mesmo com o dólar alto, não terá mudança significativa, pois
refletirá o mercado externo. Ásia tem consumido o frango brasileiro, mas não
é o produto que eles têm comprado em maior quantidade. Os Estados Unidos
também tiveram plantas autorizadas e voltaram a ser um competidor para o frango
brasileiro neste mercado. Já o mercado do Oriente Médio não tem reagido e o
Europeu consumiu menos que o ano passado”, explica Matias Concha. O grande
crescimento esperado nas exportações será de carne suína e bovina.
“É importante levar em consideração que o feriado chinês também pode
impactar os embarques, puxando os números para baixo, já que serão duas
semanas em que eles diminuem as entregas. Outro fator analisado é o consumo
doméstico no fim do ano de costelinha, pernil e demais cortes nobres, que
aumenta significativamente”, finaliza o Diretor de Produto da Maersk. As
informações partem da assessoria de imprensa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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