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CARNES:Fórum de Vigilância contra Aftosa projeta futuro do RS sem vacinação

4 de dezembro de 2020
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Porto Alegre, 4 de dezembro de 2020 – O papel fundamental da vigilância
ativa para a evolução e manutenção do status sanitário do Rio Grande do Sul
para zona livre de febre aftosa sem vacinação foi destacado no Fórum
Estadual de Vigilância contra a Febre Aftosa, transmitido em formato online
nesta quinta-feira (3). O evento abordou as medidas que estão sendo executadas
para o reconhecimento internacional do Rio Grande do Sul como zona livre da
doença sem vacinação e as perspectivas de mercado para o setor produtivo da
carne.

“Este fórum é um compromisso assumido pelo Rio Grande do Sul, para
sanar quaisquer dúvidas sobre a retirada da vacinação da febre aftosa.
Inclusive, todo o processo para a evolução do status sanitário foi baseado em
diálogo constante, entre o governo e o setor produtivo, pois acreditamos que o
produtor é o elo forte para a manutenção desse status”, frisou o
secretário Covatti Filho, na abertura do evento.

Entre as medidas tomadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e
Desenvolvimento Rural (Seapdr) na busca pela retirada da vacinação, o
secretário destacou a realização de 40 fóruns e seminários regionais junto
aos produtores, além da reestruturação da defesa agropecuária no Estado, com
contratação de 150 auxiliares administrativos para as inspetorias e
escritórios locais e aquisição de 100 novos veículos. “São ações que
qualificam nossa atuação, modernizam o serviço e liberam os servidores para
as atividades de campo, de fiscalização e vigilância”, complementa.

Para reforçar a vigilância nas regiões de fronteira, a Seapdr opera o
Programa Sentinela, em parceria com o Fundo de Desenvolvimento e Defesa
Sanitária Animal (Fundesa). Desde julho, os agentes do programa já percorreram
mais de 16 mil quilômetros de estradas, realizando ações de fiscalização e
educação sanitária. “Focar nas áreas de fronteira nos traz segurança
para o avanço sanitário”, conclui Covatti.

Andamento e acompanhamento do Plano Estratégico

As ações para a busca do status sanitário de zona livre de aftosa sem
vacinação fazem parte de um plano estratégico maior, traçado pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que prevê a
conquista deste status em todo o Brasil até 2026. A diretora do Departamento de
Defesa Agropecuária da Seapdr, Rosane Collares, apresentou o andamento do
plano estratégico no âmbito do Rio Grande do Sul.

“Desde 2017, o Estado vem se preparando para a retirada da vacinação,
com workshops e seminários de sensibilização, construção de uma matriz de
vulnerabilidade que é pioneira no país em avaliação de risco, um sistema de
defesa sanitária informatizado, fortalecimento da vigilância em fronteira com
o Programa Sentinela e realização de 17 mil inquéritos epidemiológicos, em
330 propriedades”, enumerou.

Ao abordar a criação de canais de comunicação para notificação por
WhatsApp, a diretora destacou a importância da vigilância ativa e da
participação do setor produtivo: “O sucesso no controle de qualquer evento
sanitário está na identificação precoce, então a vigilância ativa é
fundamental. Por isso contamos com a parceria dos produtores, para que utilizem
os canais de comunicação para a notificação de qualquer enfermidade”.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, detalhou as ações do setor
privado no planejamento estratégico para a retirada da vacina contra a febre
aftosa. Por meio do fundo de desenvolvimento, foi possível realizar
investimentos nas inspetorias e escritórios de defesa agropecuária,
reestruturar postos fixos de divisa, produzir materiais informativos, direcionar
recursos para que os laboratórios do Instituto de Pesquisas Veterinárias
Desidério Finamor (IPVDF) garantissem a acreditação pelo Inmetro e o
credenciamento junto ao MAPA. “Temos que ter um fortalecimento das nossas
ações com relação à vigilância sanitária, e o Fundesa sabe do seu
desafio”, finalizou.

O fiscal federal agropecuário Gabriel Torres, auditor do MAPA, palestrou
sobre a importância da vigilância para detecção precoce da doença, de forma
a conter seu avanço e proteger o status sanitário conquistado.

Perspectivas comerciais

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo
Santin, destacou que a retirada da vacinação propiciará abertura de mercados
internacionais para a carne suína produzida no Rio Grande do Sul. China (carne
com osso), Japão, EUA e Coreia do Sul são os maiores importadores mundiais de
carne suína a exigirem status de livre de febre aftosa sem vacinação. “A
China, por exemplo, teve queda expressiva na suinocultura por causa da peste
suína africana, e a recuperação para níveis antes da peste está prevista
apenas para 2025. Então, o acesso a esses mercados possibilitará um boom na
suinocultura do Rio Grande do Sul”, projeta.

O secretário adjunto de Defesa Agropecuária do MAPA, Márcio Rezende
Evaristo Carlos, abordou os aspectos burocráticos que se seguem à evolução
do status sanitário, demonstrando os passos seguintes para a abertura dos
mercados: primeiro, há uma solicitação formal do governo brasileiro e, em
seguida, o país abordado pedirá informações adicionais. Uma vez preenchidos
os requisitos sanitários, o país em cujo mercado se deseja ingressar enviará
uma equipe para conduzir uma auditoria in loco de avaliação. “É importante
lembrar que os reflexos da retirada da vacinação não são observados de
imediato”, ponderou.

Em suas conclusões, Márcio afirmou que o produto que mais se beneficiará
com a mudança do status será a carne suína, mas que a cadeia de bovinos
também terá acesso a mercados com preços mais altos. As informações partem
da As informações partem da assessoria de comunicação social da Secretaria
da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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