Porto Alegre, 5 de setembro de 2017 – “O contínuo crescimento da
população global, que deve superar os 9 milhões de pessoas até 2050, e o
avanço no consumo de alimentos oferecem um grande desafio para a pecuária
brasileira, que precisa produzir mais e melhor. O mercado está aberto e o
Brasil tem todas as condições de fortalecer ainda mais sua participação no
comércio mundial de carne”. A afirmação é de Alberto Pessina, presidente
do Conselho de Administração da Assocon (Associação Nacional da Pecuária
Intensiva), que participou do I Seminário Técnico Internacional da Raça
Senepol, em Uberlândia (MG), com a palestra “Reflexão sobre a Produção de
Alimentos e a Pecuária”.
Para Pessina, o aumento da população deve ser constantemente lembrado,
porque reflete a necessidade de avanço de produtividade na pecuária e das
cadeias de alimentos como um todo. “É imprescindível ajustar a oferta à
demanda de alimentos no mundo. De acordo com estimativas da FAO, órgão da ONU
para a alimentação, o Brasil precisará aumentar sua capacidade produtiva em
até 40% para suprir a demanda mundial nos próximos 30 anos. Para que tais
projeções sejam concretizadas, nosso país precisará fazer intensos
investimentos em novas tecnologias, em uma nova forma de pensar a produção de
carne bovina. Precisamos aumentar nossa capacidade produtiva para alimentar 9
milhões de pessoas até 2050”, destaca o presidente do Conselho de
Administração da Assocon.
O aumento da população e da renda demandará mais alimentos. Ao mesmo
tempo, com o crescimento da renda haverá reorientação da composição da
demanda por alimentos de qualidade superior. Portanto, o grande desafio está em
aumentar a produtividade, melhorar a qualidade dos alimentos produzidos e
analisar os fatores que limitam o crescimento de produção. “Os países
emergentes aumentam sua fatia no mercado mundial de alimentos. Porém, enfrentam
obstáculos para aumentar a oferta de comida. Fatores como limitação da posse
de terra, risco de exportação, infraestrutura, limite de crédito,
dificuldade em adotar tecnologias e a qualidade das instituições e capital
humano são desafios a serem superados e o Brasil tem todas as condições para
ser um player ainda mais relevante no cenário global”, explica Alberto
Pessina.
Porém, alerta o presidente do Conselho de Administração da Assocon,
“para aumentar a segurança alimentar do mundo, as barreiras comerciais terão
de ser revistas e a pecuária brasileira terá de aumentar a produtividade para
concorrer pelo uso da terra e da água. Contudo, continuará a ser uma das mais
competitivas do mundo e com maior potencial para suprir essa demanda
crescente”.
O dirigente destaca que a Assocon combate os problemas que dificultam os
investimentos necessários e contribui, em conjunto com outras instituições,
para alinhar objetivos e conquistar representatividade, fornecendo treinamento
para trabalhadores rurais e incentivando o uso das modernas tecnologias.
“Atuamos em parceria com instituições privadas na criação de novas fontes
para obtenção de linha de crédito e somando esforços com a indústria
exportadora na busca de soluções para os desafios de mercado. Afinal, o
desafio da oferta de alimentos é compartilhado entre todos os elos da cadeia
produtiva”, ressalta Alberto Pessina. As informações partem da assessoria de
imprensa da Assocon.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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