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CARNES:SC manterá certificação independente do restante do país para aftosa

19 de dezembro de 2018
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Porto Alegre, 19 de dezembro de 2018 – Santa Catarina se manterá como uma
zona separada no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre
Aftosa (PNEFA). Único estado brasileiro que já é livre de febre aftosa sem
vacinação, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
Santa Catarina se prepara agora para a retirada da vacina no restante do país.
A posição do agronegócio catarinense foi defendida durante o Fórum de
Prevenção à Febre Aftosa, realizado nesta terça-feira (18), em
Florianópolis.

Com início previsto para 2019, o Programa Nacional de Erradicação e
Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) prevê que a vacinação contra febre aftosa
seja suspensa gradativamente no Brasil, separando os estados em cinco blocos.
Para efeito de discussão técnica, Santa Catarina faz parte do bloco V – junto
com Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Como Santa
Catarina já tem o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) desde 2007, a decisão do Governo do Estado, iniciativa privada e
produtores é de que o estado mantenha uma certificação independente do
restante do país.

A demanda catarinense já foi apresentada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa). “O nosso status sanitário diferenciado é
um patrimônio catarinense, que deve ser preservado. A conquista da
certificação internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação
custou muito esforço e uma dedicação enorme de todo o setor produtivo
catarinense”, defende o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca,
Airton Spies.

A separação de Santa Catarina garante que, por exemplo, em caso de
ocorrência de febre aftosa em outro estado, a certificação internacional
catarinense não seja afetada. Nessa situação, o estado continuaria autorizado
a exportar os produtos de origem animal porque se manterá como uma zona a
parte do restante do país.

Defesa Agropecuária

A retirada da vacinação em outros estados irá demandar um investimento
ainda maior na defesa agropecuária catarinense. Atualmente, a Companhia
Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) mantém 63
barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e
Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos
agropecuários. Além disso, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são
identificados e rastreados, sendo proibida a entrada de bovinos provenientes de
outros estados.

O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância para
demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. A
iniciativa privada também é uma grande parceira nesse processo, por meio do
Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa).

“Este é um momento importante para o agronegócio catarinense. A
vacinação em outros estados, como no Paraná e no Rio Grande do Sul, nos
protegiam porque formavam uma barreira para o nosso rebanho. O rebanho
catarinense é todo identificado e sem nenhuma proteção vacinal, é como uma
subpopulação de bovinos dentro do Brasil, por isso a importância de mantermos
nossa defesa agropecuária em alerta”, ressalta o secretário Spies.

Santa Catarina trabalha agora em seus novos diferenciais competitivos:
controle da brucelose e tuberculose, bem estar animal e desempenho ambiental.
“O status sanitário diferenciado sempre foi nosso grande diferencial, como em
breve todo o país também será livre de febre aftosa sem vacinação, nós
já pensamos nos próximos passos. Nosso estado quer ser conhecido como
referência em bem estar animal, controle de brucelose e tuberculose e
desempenho ambiental. São esses fatores que irão garantir a competitividade do
nosso agronegócio”, afirma.

Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa

O PNEFA está em andamento e em novembro de 2019 o Paraná – estado
vizinho de Santa Catarina – já irá suspender a vacinação no seu rebanho. A
expectativa é de que em 2023, o Brasil seja reconhecido pela Organização
Mundial de Saúde Animal (OIE) como país livre de febre aftosa sem vacinação.
Mesmo status conquistado por Santa Catarina em 2007.

A superintendente federal do Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento de Santa Catarina, Uellen Colatto, explica que o Brasil está
prestes a promover uma grande mudança no setor agropecuário. “É um momento
de bastante trabalho, estamos em vias de promover uma grande mudança, de
transformar o Brasil inteiro em um país livre de febre aftosa sem vacinação.
E essa é uma ousadia consciente porque jamais retiraríamos a vacina se não
tivéssemos certeza do nosso status sanitário”.

Status sanitário diferenciado

O último foco de febre aftosa em Santa Catarina aconteceu em 1993 e a
partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Em 25 de maio de
2007 representantes do Governo do Estado compareceram à Assembleia Mundial da
OIE, onde receberam o certificado que faz do estado uma zona livre de febre
aftosa sem vacinação.

O status sanitário diferenciado de Santa Catarina teve impactos diretos e
indiretos no aumento das exportações de carne suína e de aves. Após o
reconhecimento internacional, o estado se tornou o maior exportador de carne
suína e o segundo maior exportador carne de frango do país, alcançando os
mercados mais competitivos do mundo. Com o reconhecimento da OIE, Santa Catarina
teve acesso a grandes compradores de carnes como China, Hong Kong, Estados
Unidos, Japão e Coreia do Sul. Com informações da assessoria de imprensa da
Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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