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CARNES:Vacinação contra peste suína clássica em Alagoas inicia em maio-ABCS

23 de abril de 2021
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Porto Alegre, 23 de abril de 2021 – Erradicar e combater a Peste Suína
Clássica (PSC) na Zona Não Livre (ZnL) é prioridade para a Associação
Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). Será por meio do Projeto Piloto em
Alagoas (AL), lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) e a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de
Alagoas (ADEAL), que será realizada a vacinação dos suínos do local. O
projeto “Plano para Erradicação da Peste Suína Clássica no Estado de
Alagoas” tem como objetivo vacinar todo o rebanho de suínos do estado, com a
campanha ocorrendo de forma semestral em duas etapas e com duração de 30 dias.

O Projeto Piloto em AL é um braço do Plano Brasil Livre de Peste Suína
Clássica (PSC) que foi lançado em 2019 e visa a implantação de um programa
estruturado de médio a longo prazo para a erradicação de PSC em toda a ZnL.
Como uma política pública de saúde animal, com a publicação do Plano
Nacional, se verificou a necessidade de identificar as limitações e ajustes
necessários para viabilizar a implementação da vacinação e reduzir os
riscos na execução do Plano. Assim, o estado de Alagoas foi identificado para
implementação de um projeto piloto, pelo tamanho do rebanho e de sua área
geográfica, além de ser um estado que faz divisa entre as Zonas Livres e Zona
não Livres de PSC.

Segundo o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, toda a elaboração do Piloto
contou com a colaboração da equipe da ABCS, realizado sob a coordenação da
Diretora Técnica da ABCS, Charli Ludtke. Lopes reforça que o trabalho foi
extremamente orquestrado e que começará por Alagoas com intuito de se tornar
um piloto, um modelo para os outros estados da ZnL. “Devido a ampla área
geográfica da zona não livre, que abrange diferentes realidades
socioeconômicas e ambientais e por isso mostrou-se necessário uma
mobilização regionalizada para, assim, atuar em estratégias e ações mais
assertivas nos demais estados”, ponderou.

A execução do projeto piloto é uma responsabilidade público-privada
compartilhada entre o MAPA, pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária
de Alagoas (Adeal) e pela parceria com a ABCS, a Associação Brasileira das
Empresas de Genética de Suínos (ABEGS), a Associação Brasileira de Proteína
Animal (ABPA), a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), contando com apoio do
Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), do
Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), do Fórum Nacional dos
Executores de Sanidade Animal (Fonesa) e da Organização das Cooperativas do
Brasil (OCB), além do apoio da Zoetis Indústria de Produtos Veterinários e o
Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Afiliadas da ABCS disponibilizam recurso financeiro para executar o Projeto em
Alagoas (AL)

Como forma de apoiar e auxiliar esse piloto, a ABCS juntamente com as suas
filiadas estaduais doaram R$ 300 mil reais. O recurso será destinado a
contratação das equipes de vacinação e também para aquisição de insumos.
O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, reforça que a união entre o poder
público e a iniciativa privada busca envolver todos os elos da cadeia
suinícola para viabilizar um programa de longo prazo e erradicar a PSC na ZnL.
“Quando tratamos de uma parceria público-privada, estamos diante de um projeto
que conta com uma participação conjunta dos setores, envolvendo recursos em
prol de interesses coletivos, visando a estruturação de uma importante
política pública para o aprimoramento da suinocultura nacional”. Lopes
ressalta ainda que, além do recurso da ABCS, o plano de vacinação em AL
contou também com aporte financeiro da ABPA, no montante de R$ 1 milhão, além
da contratação de um profissional como Gestor do projeto para gerenciar a
vacinação.

Vacinação em Alagoas

Alagoas possui 102 municípios, destes, 98 possuem cadastro de propriedades
com suínos. Conforme os dados disponibilizados pela ADEAL, o estado possui
aproximadamente 88,6 mil suínos, distribuídos em 6,1 mil propriedades. A
população de suínos está localizada principalmente na mesorregião Agreste,
seguida do Sertão e, por fim, do Leste. A vacina, instituída como obrigatória
pela Portaria n 307/ADEAL, de 16 de abril de 2021, será realizada de forma
simultânea nas três mesorregiões, com o objetivo de vacinar todo o rebanho do
estado no prazo de 30 dias, com a data limite de 21/06 quando vence o lote de
vacinas.

As vacinas, de nome comercial PestVac, fabricadas pela empresa Zoetis,
foram doadas para a campanha. A empresa disponibilizou ao projeto um total de
400 mil doses, o que é suficiente para atender às duas fases pretendias para
esse primeiro momento da campanha de vacinação. “Essa doação será
suficiente para atender as 2 campanhas do Projeto Piloto de Alagoas no ano de
2021 e com isso o produtor de suíno do estado não terá que comprar o
insumo”, explica o médico veterinário e auditor fiscal agropecuário do
Departamento de Saúde Animal do MAPA, Guilherme Takeda.

De acordo com Diretora Técnica da ABCS, Charli Ludtke, a vacinação se
dará tanto por meio das equipes de vacinadores quanto de forma individual. As
equipes de vacinadores, cuja contratação será custeada por meio da iniciativa
privada (ABCS e ABPA) e apoiada pelo IICA, irão vacinar os rebanhos de suínos
dos produtores de subsistência. Já para produtores de granjas tecnificadas,
estes poderão adquirir a vacina nas 28 revendas do estado, apresentando,
posteriormente devida documentação de confirmação da vacinação. Além do
trabalho de vacinação, o trabalho do Serviço Veterinário Oficial (SVO) será
essencial para efetivar o piloto em AL.

Ludtke explica que: “A atuação do SVO auxiliará no monitoramento e
controle dos animais vacinados. Para isso, será fundamental que os produtores
apresentem a declaração de vacinação nos escritórios das ULSAVs/ADEAL, nos
Escritórios de apoio municipal – EACs ou em outros pontos de apoio indicados
pela ADEAL”. Ela explica ainda que as declarações irão contar com os dados
do produtor (CPF, RG), a comprovação da aquisição da vacina e da vacinação
dos rebanhos. “Esses dados alimentarão o SIDAGRO, sistema virtual utilizado
como banco de dados para o controle e monitoramento do rebanho suíno do estado
pelo SVO e que será acompanhado diretamente pela ADEAL através de ações de
vigilância e fiscalização. Além da vacinação o plano traz também ações
de educação sanitária que estão sendo elaboradas pelo sistema CNA/SENAR.”

PSC na ZnL

A região caracterizada por ZnL de PSC, inclui 11 UF (Alagoas, Ceará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Amapá, Amazonas,
Roraima e Pará), que juntos representam cerca de 50% do território brasileiro,
detentora de aproximadamente 18% do rebanho suíno nacional, distribuído em
mais de 300 mil estabelecimentos rurais, predominantemente de pequenos
produtores familiares.

Apesar do princípio de zonificação que divide o território nacional
(Zona Livre e a Zona não Livre), nos últimos 2 anos ocorreram mais de 70 focos
da PSC, atingindo cerca de 7 mil suínos na ZnL, e com isso, o SVO teve que
sacrificar os suínos envolvidos para conter a disseminação viral.

Charli Ludtke explica que a vacinação contra a PSC é eficaz e interrompe
o ciclo de transmissão viral, ou seja, torna os suínos resistentes ao vírus.
Ela reitera que: “Erradicar a PSC é resguardar a saúde e a proteção de
todo o rebanho nacional, assim como o crescimento, e a estruturação da
suinocultura na região envolvida, que representa um importante mercado
consumidor.”

Mercados internacionais e a PSC

Para o Presidente da ABCS, Marcelo Lopes, combater a PSC no país também
contribuirá para melhoria da imagem e melhor acesso a mercados internacionais,
considerando tratar-se de uma doença erradicada em diversos países, e entre os
principais exportadores de carne suína. Ele explica que a doença traz
sérios problemas sanitários e socioeconômicos para a suinocultura nacional.
“Executar o piloto em AL, sem dúvida é um grande passo que a suinocultura
nacional está dando, tendo em vista que contribuirá para prevenir prejuízos
relacionados a perdas diretas e às restrições de acesso a mercados
internacionais.” As informações partem da assessoria de imprensa da ABCS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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