Porto Alegre, 25 de fevereiro de 2021 – A China disse que é irrealista
desacoplar sua economia da dos Estados Unidos por força política, após o
presidente norte-americano Joe Biden anunciar ontem uma revisão nas cadeias de
suprimento para reduzir a dependência de outros países.
“Em uma era de globalização, os interesses de todos os países estão
altamente interligados”, disse o porta-voz do Ministério de Relações
Exteriores chinês, Zhao Lijian, em coletiva regular de imprensa.
“A China acredita que a ‘transferência’ industrial artificial,
‘desacoplamento’ e alteração das leis econômicas por forças políticas é
uma abordagem irrealista que não pode resolver os problemas domésticos nem
fazer nada de bom para a indústria global e as cadeias de abastecimento”,
disse.
“Esperamos que os Estados Unidos respeitem sinceramente as leis da
economia de mercado e as regras do livre comércio e protejam a segurança, a
confiabilidade e a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento
globais”.
Os comentários vêm após Biden assinar ontem dois decretos com uma
revisão de 100 das cadeias de suprimentos no país, visando mitigar a escassez
global de chips que prejudica as montadoras norte-americanas.
“Os Estados Unidos estão enfrentando a falta de chips que ameaça a
economia. Não podemos depender de outros países para manter nossa cadeia de
suprimentos operando. Os decretos de hoje dão o primeiro passo na redução
dessa dependência”, disse Biden, sem citar nominalmente a China.
Na coletiva, o porta-voz chinês disse ainda que a relação comercial
entre a China e os Estados Unidos é mutuamente benéfica por natureza e os
problemas devem ser resolvidos com base no respeito. “Nós nos opomos
firmemente a acusações infundadas contra e mesmo à estigmatização das
atividades econômicas e comerciais normais da China”.
Na segunda-feira, o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi,
apelou que os Estados Unidos retirem tarifas a produtos chineses e parem de
interferir em assuntos internos do país.
Por fim, Zhao disse na coletiva que os Estados Unidos devem “abandonar a
mentalidade do jogo de soma zero” e ver as relações com a China de forma
objetiva e racional, em referência a comentários do indicado de Biden para
chefiar a Agência Central de Inteligência (CIA), William Burns, de que a chave
para a segurança nacional norte-americana era combater “o adversário
autoritário da China”. As informações são da Agência CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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