Suinocultura

China expande importação de carne suína

26 de março de 2020
Compartilhe
A China segurou as importações de carne bovina no primeiro bimestre – inclusive nas primeiras semanas de janeiro antes da explosão do coronavírus – mas não cedeu nas compras de proteína suína. O crescimento foi de 160% sobre o mesmo período de 2019 e, no Brasil, os embarques para lá subiram 200%.

“O volume foi comprado antes do surto do vírus e grande parte foi mantido em armazenamento refrigerado, pois os restaurantes não estavam totalmente abertos”, disse Lin Guofa, analista sênior do Bric Agriculture Group, consultoria com sede em Pequim.

“Começamos a ver um retorno da demanda na China e isso é encorajador quando pensamos no resto do mundo”, disse Brian Sikes, responsável pela divisão de proteína e sal da Cargill.

A unidade de processamento de aves da empresa na China opera com capacidade de pelo menos 80%, acima dos 30% a 40% durante a pior fase do surto, segundo Sikes.

Os chineses aproveitaram a queda dos preços no mercado internacional, enquanto a carne bovina estava em alta (apesar do recuo desde dezembro sobre as expressivas elevações até novembro), mais a alta do dólar aqui, e aceleram os pedidos de embarques.

“Em janeiro e fevereiro, a China representou 54% de todas as exportações brasileiras de carne de porco e Hong Kong 15%”, explica Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS).       .

O mercado produtor gaúcho e o catarinense são os principais fornecedores daquele país, depois vindo o Paraná.

De acordo com Folador, indústrias gaúchas interlocutoras diretas com a entidade, “estão surpresas com o apetite chinês”, o que deve ter um fator adicional com a melhora das condições sanitárias e o controle aparente da pandemia.

E o ano poderá ser muito favorável por esse ângulo do hoje principal mercado do suíno nacional – que já foi a Rússia – na esteira da demorada recuperação da produção chinesa após os prejuízos com a peste suína africana.

E será um balanço favorável ao mercado interno brasileiro que sofrerá redução nos próximos meses com as restrições impostas e recuo da atividade econômica, mas sem prejuízo, do ponto de vista sanitário e de produção nas indústrias, na expectativa de Folador.

“As indústrias estão tomando todo o cuidado necessário e rígido para manter a produção alinhada à demanda e se houver alguma queda de produção será pontual”, avalia.

 

Cotação semanal

Dados referentes a semana 05/07/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 7,25

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 2.170,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 64,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 05/07/2024 14:00

AURORA* - base suíno gordo

R$ 5,55

AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

Cooperativa Majestade*

R$ 5,55

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria