Porto Alegre, 20 de setembro de 2021 – Após discussões terem sido
levantadas na última semana acerca da chance de ocorrer o fenômeno La Niña,
que altera as temperaturas médias do Oceano Pacífico, meteorologistas do
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) consideram que o evento possa ocorrer
em meados da primavera, em outubro.
Diferente do El Niño, que aponta para o aumento da temperatura da
superfície do mar no Pacífico Tropical, o La Niña indica o oposto, promovendo
o resfriamento das águas do Pacífico. O fenômeno, que impacta diretamente no
clima do Brasil, poderá favorecer as regiões Norte e Nordeste do país com
mais chuvas, contando, ainda, com o dipolo do Atlântico, que até o momento,
apresenta sinal vantajoso para o acontecimento.
Condições
Segundo o meteorologista Mozar Salvador, juntamente com o La Niña e
contando com a temperatura do oceano próximo à costa da Região Sul do Brasil
e Uruguai ficando mais fria, a chance de ocorrência de seca e possível
estiagem no Sul e Sudeste do Brasil aumentam, enquanto as chuvas no Nordeste e
na Região Amazônica poderão aumentar significativamente, dependendo da
intensidade do La Niña e do dipolo do Atlântico.
“O La Niña, caso ocorra, será de forma fraca e de curta duração, junto com
a ação do dipolo do Atlântico, que, caso seja mais forte, pode atenuar ou
melhorar a situação”, explica Mozar.
Segundo o especialista, o fenômeno poderá beneficiar, ainda, a região do
Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, conhecida como Matopiba. “Para essas
localidades do Nordeste, caso o dipolo e o La niña continuem se comportando
como estão, será favorável. O dipolo é mais importante entre janeiro e maio.
As condições dele, principalmente neste período, é que vão definir um bom
padrão de chuva para o Nordeste”, afirma. As informações partem do Inmet.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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