Porto Alegre, 02 de dezembro de 2015 – A organização não-governamental
britânica Oxfam afirmou hoje (2) que 10% dos habitantes mais ricos do mundo
são responsáveis por mais da metade das emissões de dióxido de carbono
(CO2). Em relatório divulgado durante a 21 Conferência das Partes das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), em Paris, a Oxfam informou que, no
sentido inverso, metade dos mais pobres no planeta é responsável por apenas
10% das emissões poluentes.
“As alterações climáticas estão intrinsecamente ligadas às
desigualdades econômicas. É uma crise induzida pelas emissões de gases efeito
de estufa que afetam mais duramente os pobres”, diz o relatório intitulado
“Desigualdades Extremas e Emissões de CO2”.
O documento informa que uma pessoa que faça parte do 1% da população
mais rica do mundo “gera, em média, 175 vezes mais” dióxido de carbono do
que a que está entre os 10% mais pobres do mundo.
Apesar de o cálculo das emissões de CO2 ser feito geralmente em função
da produção por país, o estudo analisa sobretudo as formas de consumo
individual e tem em conta os produtos importados, comparando ainda os efeitos
desses modos de vida sobre o clima.
O relatório da Oxfam mostra também que, mesmo que as emissões totais
dos grandes países emergentes progridam muito rapidamente – a China é o mais
poluidor do mundo -, “as emissões ligadas ao modo de consumo dos habitantes
mais ricos desses países são bem menores do que as dos seus equivalente nos
países ricos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico”.
A Oxfam acrescenta que a India, o terceiro país mais poluidor do mundo,
atrás da China e dos Estados Unidos, deverá destronar os norte-americanos
até 2030.
“É certo que as emissões aumentam rapidamente nos países em
desenvolvimento, mas grande parte delas é proveniente da produção de bens de
consumo noutros países”, ressalta a organização não-governamental
britânica.
“Os países em desenvolvimento devem fazer a sua parte, mas cabe aos
países ricos mostrar o caminho e assumir as consequências desastrosas do seu
modo de consumo e de desenvolvimento”, acrescenta o documento.
No início de novembro, os economistas franceses Lucas Cancel e Thomas
Piketti divulgaram estudo semelhante e demonstraram que um norte-americano
emite, em média, 22,5 toneladas dióxido de carbono equivalente por ano, valor
que é de apenas 2,2% quando se trata de um cidadão africano. As informações
partem da Agência Brasil.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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