safras

CLIMA: Seapi e Famurs debatem medidas de enfrentamento a eventos extremos no 1o Fórum Estiagem em Foco

10 de maio de 2023
Compartilhe

Porto Alegre, 10 de maio de 2023 – Debater medidas permanentes de enfrentamento aos eventos
climáticos extremos, principalmente a estiagem, na agropecuária gaúcha. Essa é a finalidade
principal do 1o Fórum Estiagem em Foco, que acontece nesta quarta e quinta-feira (10 e 11/5) no
auditório da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul. O evento, promovido
pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) em conjunto
com a Famurs, integra a programação do 30o Seminário de Secretários (as) Municipais de
Agricultura do RS. A abertura oficial ocorreu na manhã desta quarta-feira (10/5), com a presença
do governador em exercício, Gabriel Souza. A transmissão pode ser assistida ao vivo pelo YouTube
da Secretaria da Agricultura e pelo da Famurs.

Souza destacou o compromisso do governo do Estado com o tema e a importância da colaboração
dos municípios, especialmente depois de três períodos de seca consecutivos e, recentemente, a
pior estiagem dos últimos 70 anos. “É preciso que mudemos nossa mentalidade para as mudanças
climáticas e os impactos no Rio Grande do Sul. Nosso estado tem todo potencial para ser
protagonista no mercado mundial que demanda cada vez mais produtos sustentáveis. E, neste sentido,
a união de esforços entre prefeituras, Estado e governo federal é fundamental”, afirmou Gabriel.

O secretário da Agricultura, Giovani Feltes, disse que é importante esse estreitamento de
laços com a Famurs. “É fundamental estruturarmos ações conjuntas que possam potencializar as
ações individuais que cada um esteja exercitando. Quem sabe assim, a gente possa alcançar mais
rapidamente resultados mais animadores e que nos permitam evoluir ainda mais do ponto de vista da
diminuição dos custos de produção, entre outros”.

De acordo com Feltes, “a estiagem, sendo recorrente, trazendo os malefícios e os efeitos que
têm trazido até então para milhares de pessoas, do ponto de vista social e econômico, certamente
deve ser um assunto a ser discutido e empreendido de forma colaborativa, emparceirada, nos 365 dias
do ano”.

Por sua vez, o presidente da Famurs e prefeito de Restinga Sêca, Paulinho Salerno, afirmou que
as gestões municipais, junto com o Estado, concordam que o momento é de pensar de forma
preventiva. “Não é porque mudou o ciclo hídrico que vamos deixar de evoluir no tema. Os
municípios buscam compromisso permanente com a mitigação dos eventos climáticos extremos no Rio
Grande do Sul, e têm bons cases, exemplos de como apoiar localmente os produtores e a população
rural. O objetivo é evitar perdas, que têm se acumulado nos últimos anos”.

Já o presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Agricultura (Consema), Rafael
Jacques de Oliveira, declarou que o Serviço de Inspeção Municipal, o Sim, é uma das pautas que
os secretários municipais de Agricultura precisam priorizar. “O Sim dos municípios tem que
continuar operando, permitindo que os pequenos municípios vendam para seus vizinhos, do contrário,
as agroindústrias serão impactadas negativamente”, afirmou. Outro assunto prioritário, segundo
Oliveira, é a conservação de água, “que tem que ser discutida de uma maneira mais ampla”,
acredita.

Participaram também da abertura oficial o coordenador-geral do Ministério de Desenvolvimento
Agrário e Agricultura Familiar no Rio Grande do Sul, Milton Luiz Ferreira; o secretário de
Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini; o superintendente federal do Ministério de Agricultura e
Pecuária no RS, José Cleber de Souza; e o presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca
e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do RS, Luciano Silveira.

Painéis técnicos

“Avançar Agro – Políticas disponíveis pela Seapi” foi abordado pelo secretário Feltes, que
apresentou o projeto “Supera Estiagem”, o qual trata de medidas para mitigar os efeitos da seca no
Estado. Ele explicou que há quatro equipes de perfuração de poços com equipamentos próprios da
Secretaria e que são priorizados os municípios em situação de emergência; que houve a cedência
de 89 novas máquinas; que os municípios podem conseguir até 12 açudes cada e que atualmente 449
já se habilitaram.

“Além disso, houve o repasse de recursos aos municípios para escavação de cisternas, até
três por município”, relatou Feltes. Ele ressaltou ainda que foram revitalizadas 20 estações
meteorológicas, totalizando 50 no Estado. “Com as já existentes, chegamos a 100 estações”,
comentou.

Ainda pela Seapi, o engenheiro agrônomo e diretor do Departamento de Defesa Vegetal, Ricardo
Felicetti; o engenheiro florestal e coordenador do Comitê Gestor do Plano ABC+RS, Jackson
Brilhante; e o meteorologista Flavio Varone participaram do painel “Contribuições do Simagro e das
Tecnologias do Plano ABC+ no enfrentamento à estiagem”.

De acordo com Felicetti, a busca pela estabilidade e garantia de produção envolve diretamente
o enfrentamento às alterações e extremos climáticos, como a estiagem, e são necessárias
soluções complexas, que contemplam mais que medidas pontuais. “Para o incremento nas garantias de
produção, é necessária a conscientização e o envolvimento de todos os entes da cadeias
produtivas, com o compartilhamento de responsabilidades e amparo científico proporcionado pela
pesquisa”, destacou.

Brilhante disse que o Plano ABC+RS é composto por oito tecnologias, entre elas o sistema
plantio-direto. “Como o Estado é um grande produtor de grãos, a qualificação do sistema
plantio-direto pode ser uma alternativa para minimizar os efeitos das futuras estiagens”, afirmou.
Ele reforçou junto aos secretários municipais de Agricultura a importância de manter a cobertura
do solo. “Assim, a água vai infiltrar mais e permanecer por mais tempo dentro da propriedade e, com
isso, vai haver um melhor aproveitamento na produção”.

Varone falou sobre “A importância do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos
(Simagro-RS) no monitoramento climático”. Conforme ele, o adensamento da rede de coleta de dados é
fundamental para o controle das condições atmosféricas que predominam regiões produtoras do
Estado e que servirão de base para gerar índices agroclimáticos específicos paras as principais
culturas.

“Outro fator de grande destaque também são produtos de previsão de tempo e clima, com
informações para curto, médio e longo prazo, que, combinados com o monitoramento, darão suporte
para as tomadas de decisão dos produtores dentro das suas propriedades”, afirmou.

“Contribuições do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Agricultura de Baixa
Emissão de Carbono para minimizar os impactos das mudanças climáticas” foi apresentado pelo
zootecnista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Paulo Carvalho.

Ele explicou que o INCT de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono é uma rede nacional de
pesquisa em mitigação das emissões de gases de efeito estufa e de adaptação da agricultura às
mudanças climáticas. Ela reúne 50 instituições de todo Brasil e tem como objetivo promover
avanços científicos no tema, bem como difundir e incentivar produtores e demais atores da cadeia a
fazerem a transição para uma agricultura “net-zero”.

Carvalho apresentou as linhas de pesquisa e soluções carbono-zero do Instituto para os
sistemas de produção pecuária, agrícola e integração lavoura-pecuária. “No Rio Grande do Sul,
suas conexões com o Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+ e com a Aliança ‘Sistemas Integrados de
Produção Agropecuária (Sipa)’ garantirão a difusão de todas as tecnologias aos beneficiários
finais, produtores e sociedade”, pontuou.

O evento também contará com a participação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura,
que apresentará os aspectos legais e técnicos sobre reservação de água, além de palestras como
de representantes da Embrapa Trigo.

A 30a edição do Seminário dos Secretários Municipais de Agricultura do RS vai discutir ainda
as políticas públicas e recursos para o setor, formas de minimizar os impactos da seca no Estado,
manejo e conservação do solo, reservação de água, políticas de fomento ao pequeno produtor,
entre outros temas. Com informações das assessorias de imprensa da Seapi e da Famurs.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2023 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 20/06/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,43

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.750,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 66,25
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 17/06/2025 09:45

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria