Agroindústrias e Cooperativas

Cooperativa Languiru reúne mais de 200 pessoas em evento tradicional

23 de agosto de 2016
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Mais de 200 pessoas, entre associados, filhos, genros ou seus pais, residentes na propriedade e com produção para a Languiru, vindos de diferentes regiões que englobam a área de atuação da cooperativa, participaram do 10º Encontro dos Pais Associados da Languiru. O evento foi realizado no dia 18 de agosto, na Associação dos Funcionários da Languiru.

A programação contou com a participação e pronunciamento da direção; palestra sobre “Proteína Animal – mercado atual, desafios e perspectivas”, com o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul, Rogério Kerber; e almoço de confraternização. O evento teve por objetivo trazer novas informações e fortalecer a relação da cooperativa com os seus associados.

Cenário – As boas-vindas foram dadas pelo presidente da Languiru, Dirceu Bayer, que ressaltou a importância do tema da palestra e agradeceu a presença de todos. “É uma excelente oportunidade de integração e para compartilharmos experiências. Além disso, uma oportunidade para homenagearmos os pais de família pelo seu trabalho, dedicação e preocupação com o futuro de seus filhos e da cooperativa. Nossos índices de produtividade são muito bons graças ao trabalho de vocês, com mão de obra diferenciada, essencial para enfrentarmos o momento de dificuldade econômica mundial”, frisou.

Falando do atual cenário econômico brasileiro, Bayer mostrou-se preocupado, mas esperançoso. “A situação do país é de extrema dificuldade, mas esperamos por dias melhores. A Languiru fez o seu ‘dever de casa’, com trabalho de gestão e reestruturação interna. Mudanças implementadas já em 2015 têm possibilitado resultados positivos. Realizamos acompanhamento detalhado de todas as atividades desenvolvidas na Languiru, em todas as unidades e setores. Isso nos permitiu um melhor desempenho”, avaliou.
Bayer lamentou o alto custo de produção de carnes e a excessiva variação cambial. “A crise não é apenas no Brasil, o quadro de dificuldades está lá fora também. Porém, precisamos estar preparados para o momento em que este cenário se alterar. Cada um deve fazer o que está ao seu alcance e esperamos por momentos mais favoráveis logo adiante. A diversidade de negócios nos dá segurança neste momento, ao mesmo tempo em que a sinergia de forças permite que seja dado andamento ao grande projeto da Languiru” concluiu o presidente.

Participação – O vice-presidente da Languiru, Renato Kreimeier, enalteceu o valor da “Família Languiru”, destacando a importância da participação dos associados e colaboradores nas atividades da cooperativa. “Com esta participação nos fortalecemos e crescemos. Isso contribui para a construção de uma marca forte.”

Da mesma forma, Kreimeier enfatizou que o momento de crise política e econômica é mundial, o que afeta a todos, direta ou indiretamente. “A solução está no profissionalismo, deve existir em qualquer que seja o setor, e não é diferente no cooperativismo”, disse, acrescentando que “a variação cambial não pode ser absorvida apenas pelos produtores e consumidores. Por isso, procuramos pagar um preço justo por toda produção dos nossos associados, valor que beneficie os dois lados”.
Por fim, relacionou o sucesso familiar ao sucesso da cooperativa. “Se a família se dá bem, a ‘Família Languiru’ também vai bem. Vocês são donos da cooperativa e temos um excelente futuro pela frente”, concluiu, agradecendo o apoio e a confiança.

Mercado atual, desafios e perspectivas – O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS/RS), Rogério Kerber, elogiou o trabalho da Languiru ao longo de 60 anos, creditando ao setor primário a possibilidade de geração de riqueza no Brasil. “O PIB brasileiro, em parte significativa, se deve ao trabalho dos produtores de alimentos, que hoje ascendem ao mercado internacional, na busca por novos mercados”, afirmou.

Kerber também falou de avanços tecnológicos e produtivos. “Temos deficiências, mas estamos avançando em termos de infraestrutura e, a partir disso, teremos um desempenho ainda melhor de produção. Precisamos olhar para quem está a nossa frente e tem muito a nos ensinar, corrigindo fragilidades”, ressaltou.
Sobre índices de produção, ele lembrou que o Brasil é um dos principais fornecedores de produtos agropecuários para o mundo. “O agronegócio brasileiro é celeiro do mundo. Somos os maiores produtores e exportadores de açúcar, café, suco de laranja e cana-de-açúcar. Também somos o 2º maior produtor de carne bovina, carne de frango e soja e o maior exportador nesses três ramos. Também somos o 3º maior produtor de milho, o 4º de carne suína e carne de peru e o 5º de algodão”, enumerou. Para Kerber, “o Brasil é uma máquina de produzir. Estamos avançando, incorporando tecnologias, materiais genéticos e qualificando a capacidade dos produtores, que fazem a diferença para alcançarmos novos e importantes mercados”, enalteceu.

Crescimento – O palestrante foi enfático: há um aumento da demanda mundial por alimentos. Nesse cenário, a projeção de incremento no consumo mundial de 2011 a 2020 é bastante significativo, em especial para o setor de aves (22,3%), ovinos (19,5%), suínos (16,2%), bovinos (13,7%), arroz (12,6%) e trigo (9,8%). Paralelamente a isso, Kerber alertou para o aumento da população urbana. “Se na década de 90 quatro de cada dez pessoas viviam em áreas urbanas, até 2050 serão sete a cada dez. O mercado vai continuar existindo e vamos ter que produzir cada vez mais. O setor de produção terá protagonismo em termos de atendimento à demanda internacional. As dificuldades brasileiras vão passar e vamos seguir com papel importante no abastecimento e produção de alimentos no mundo”, previu.

Para ele, a produção brasileira terá que atender uma demanda internacional crescente na medida em que os centros consumidores e a população mundial aumenta sua renda, aumentando o consumo de produtos de proteína animal. “Este é o grande desafio que temos como país produtor de alimentos e que reúne as condições ideais para produzir”, acrescentou Kerber.

Mercado internacional – “Hoje o Brasil é o 4º maior exportador mundial, com US$ 86 bilhões, atrás apenas dos Estados Unidos (US$ 172 bi), da Holanda (US$ 102 bi) e da Alemanha (US$ 92 bi). Isso demonstra que somos um país com representatividade. Temos as nossas mazelas, mas num processo de melhoria contínuo, podemos seguir crescendo”, alertou Kerber, ressaltando a necessidade de incorporação de novas tecnologias, conhecimento, equipamentos e material genético

Desafios – Entre os maiores desafios para o setor primário brasileiro, Kerber falou da instabilidade econômica e política; desindustrialização; política agrícola, clima (La Niña) e marcos regulatórios.

“Existe uma grande preocupação com a taxa de desemprego, uma vez que pessoas desempregadas são menos consumidores do outro lado do balcão buscando nossos produtos, com renda familiar comprometida. A variação cambial também é uma preocupação importante, assim como a inflação persistente, que também nos alcança, com o custo do recurso financeiro mais alto”, explicou.
O palestrante falou das particularidades dos diferentes setores produtivos e, apesar das dificuldades, se disse otimista. “A crise também está lá do outro lado, embora aqui seja mais grave. Mas há indícios de que a situação começa a se estabilizar, com a retomada da confiança, e num curto espaço de tempo podemos começar a perceber uma inversão”, concluiu Kerber, elogiando a Languiru pelo evento. “É uma forma de valorizar as pessoas, uma oportunidade em que direção, associados e colaboradores podem conviver socialmente”.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 22/11/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 9,53

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 71,50

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 1.975,00
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Preço base - Integração

Atualizado em: 07/11/2024 17:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
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