Porto Alegre, 21 de junho de 2021 – O Brasil ultrapassou no fim de semana a
marca de meio milhão de mortos pela covid-19, pouco mais de um ano depois de
declarada a pandemia, e volta a registrar forte crescimento nos casos novos, que
em poucos dias ficaram a uma distância perigosamente pequena do recorde
observado em março – quando começou a pior fase da doença por aqui.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou ontem aumento de
1,2% na média móvel de sete dias de novos casos de covid-19 em relação ao
dia anterior, para 73.595. Na comparação semanal, o aumento foi de 10,6%.
Além disso, na última sexta-feira, o número de casos registrados num único
dia chegou a 98.832 – perto do recorde de 100.736 registrado em 25 de março.
A média móvel de mortes caiu 0,7% ontem, para 2.061, mas em relação à
semana anterior subiu 3,1%. A média móvel é um indicador mais adequado para
avaliar o comportamento da pandemia de covid-19 porque aos finais de semana o
número de notificações de casos e o de mortes tendem a cair por questões
não relacionadas ao surto da doença – fechamento de unidades de saúde que
enviam os dados ao governo, por exemplo.
Considerando apenas os dados de ontem, os novos casos somaram 44.178 – o
que eleva o total de pessoas contaminadas pela doença desde o início da
pandemia a 17,9 milhões. O número de novas mortes provocadas pela covid-19 no
domingo foi de 1.025, colocando o total de mortes decorrentes da doença em
501,8 mil.
A piora no quadro da pandemia ocorre a despeito do avanço do programa de
vacinação. Até ontem, o número de brasileiros vacinados com as duas doses
das vacinas contra a covid-19 que estão à disposição no país – e que,
portanto, completaram o ciclo de imunização – chegou a 22,4 milhões. O
número equivale a 10,5% da população total e a 14,0% da população
vacinável, segundo dados do Ministério da Saúde.
Os que tomaram pelo menos uma dose somam 58,9 milhões – 27,7% da
população total e 36,8% do total vacinável. Até agora, foram distribuídas
123,2 milhões de doses para a vacinação em todo o Brasil, e foram usadas 81,3
milhões, ou 66,0% da quantidade disponível.
O Brasil está vacinando a população com as vacinas da Sinovac –
envasadas pelo Instituto Butantan -, da AstraZeneca – envasadas pela Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) – e da Pfizer. Todas exigem a aplicação de duas doses
para atingirem o máximo de eficácia na prevenção da covid-19.
O Brasil está estacionado na faixa dos 60 mil a 80 mil casos diários de
covid-19 desde o final de fevereiro, mas chegou a registrar descolamento entre o
número de casos e o número de mortes entre o final de maio e o início de
junho – os óbitos estavam caindo, enquanto os casos subiam, algo que foi
atribuído em parte à vacinação.
No entanto, especialistas alertaram que haveria um novo período de alta
nos casos e mortes em decorrência do feriado prolongado na primeira semana de
junho, e avisam agora que a proximidade do inverno pode aumentar ainda mais o
grau de disseminação da covid-19 na população.
Na última quinta-feira, a Fundação Oswaldo Cruz afirmou que o quadro da
pandemia no Brasil “permanece bastante crítico” e que, com menos de 15% da
população devidamente imunizada pelas vacinas, é necessário manter “medidas
não-farmacológicas, como uso de máscaras, distanciamento físico e social e
higienização das mãos, além de medidas de maior restrição da circulação
de pessoas como bloqueio ou lockdown sempre que necessário”. Com informações
da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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