safras

CORONAVIRUS: Crise pode ajudar Brasil a ser grande fornecedor de alimentos

6 de abril de 2020
Compartilhe

Porto Alegre, 6 de abril de 2020 – Os impactos da crise causada pela
emergência do coronavirus sobre o agronegócio brasileiros e as prováveis
oportunidades para consolidar a posição do país como o grande supridor de
alimentos e fibras, em um mundo convulsionado pela pandemia, foram a tônica do
evento virtual que aconteceu na manhã deste domingo (05/04), com a ministra da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.

O “webinar” foi promovido pela plataforma Agrosaber, e, além da
convidada de honra, contou com a presença do CEO da Companhia das Cooperativas
Agrícolas do Brasil (CCAB Agro), Jones Yasuda, do vice-presidente da
Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel,
do engenheiro agrônomo e professor Xico Graziano, entre outros convidados,
além de participantes de destaque do público, como o ex-ministro da
Agricultura, Blairo Maggi.

Para Tereza Cristina, a chegada da Covid 19 ao ocidente foi marcada,
primeiro, pelo momento do pânico, e, depois, pelo movimento de retomada.
“Nada será como antes. Tudo mudou, depois desse mês de fevereiro. Pouco
antes da crise, tivemos uma reunião na Alemanha, durante a Semana Verde, com
diversos ministros de Agricultura do mundo. Fico imaginando como, hoje, a pauta
daquela reunião seria totalmente diferente”, lembra a ministra. Para ela, o
Brasil tem na crise a oportunidade de se firmar como um fornecedor de alimentos
e fibras confiável, sem deixar, primeiramente, de abastecer o mercado interno.
“Somos autossuficientes em quase todos os produtos agrícolas, mas não
podemos deixar de ser parceiros confiáveis daqueles com quem mantemos
relacionamento comercial”, afirmou.

Questionada pelo CEO da CCAB, Jones Yasuda, sobre o papel do setor
empresarial do agro neste previsto fortalecimento, Tereza Cristina respondeu que
o momento é de “aproximar o setor agropecuário da sociedade e mostrar que,
na hora em que a sociedade precisou, o agro estava lá, cumprindo o seu papel,
não deixando que faltassem alimentos para os brasileiros. E continuou a
produzir, já pensando na próxima safra”, disse. Tereza Cristina enfatizou,
contudo, que também é necessário que o setor empresarial do agro acompanhe o
direcionamento das demandas. “Temos de entender o que o mundo quer, pois
mudanças significativas vão acontecer a partir de agora”, acrescentou.

De acordo com os dados apresentados pela ministra na entrevista, os
impactos do coronavirus já podem ser vistos na comparação do primeiro
trimestre de 2020 com o mesmo período do ano anterior. As exportações tiveram
quedas expressivas para a América do Norte (-15,4%), América do Sul (-13,5%)
e Oriente Médio (-27,8%), mas cresceram nos embarques para a Ásia (+10,7%) e
Europa (+1%). Abrir novos mercados é uma meta para o Brasil, na visão da
ministra. “Temos recebido muitos pedidos de informações para requerimento de
novos certificados. Isso é um indicativo de que o mundo lá fora está
preocupado e vê o Brasil como uma janela de oportunidades”, ponderou.

Em sua fala, Jones Yasuda elogiou o trabalho da ministra Tereza Cristina
nos cerca de um ano e meio de sua atuação à frente da pasta, e também a
importância da plataforma Agrosaber, promotora do encontro. “Esse é um
fórum que tem foco na ciência e no conhecimento e que incentiva a interação
entre cidade e campo, contribuindo para eliminar as distorções que prejudicam
a imagem”, frisou Yasuda.

Como contribuição efetiva do agro ao combate da Covid 19 no Brasil, a
ministra informou que a Embrapa, junto com o Mapa e a Comissão Executiva do
Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vão disponibilizar seus laboratórios para
produzir os testes de Proteína C Reativa (PCR), considerados os mais eficazes
para a detecção da infecção por coronavirus. “Temos um potencial de
produzir em torno de 70 mil testes ao dia. É uma conquista”, celebrou. Com
informações da assessoria de imprensa da CCAB.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2020 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 01/08/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,07

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.640,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.400,00

Milho Saca

R$ 68,25
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 31/07/2025 11:10

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria