Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2020 – O surto de coronavírus na Itália
continua a aumentar, ignorando os esforços para tentar restringir a doença a
duas áreas rurais próximas a Milão e Veneza, no norte do país. Os novos
casos agora se estendem até a Sicília, no sul, segundo informações da
agência de notícias Dow Jones.
A Itália registrava pelo menos 322 casos confirmados do coronavírus até
a tarde de terça-feira e o número de mortos no país por causa da
contaminação chegava a 11, todas elas ocorridas entre idosos.
Os países da União Europeia até agora aplicaram nenhuma ou poucas
restrições às pessoas que chegavam das regiões afetadas na Itália, embora a
França tenha recomendado aos cidadãos que evitem viajar para a Lombardia e o
Vêneto, áreas onde foram detectados os primeiros casos italianos.
A principal companhia aérea da Bulgária, a Bulgaria Air, cancelou todos
os voos para Milão até 27 de março. A Paramount Pictures foi outra empresa
que tomou medidas e interrompeu a produção do filme “Missão Impossível 7”.
O estúdio passaria três semanas filmando em Veneza com uma equipe de mais de
500 pessoas, segundo um porta-voz da cidade italiana.
A Itália decretou estado de emergência em 31 de janeiro para permitir que
o governo central pule algumas etapas burocráticas no controle do coronavírus
e exija das autoridades locais medidas contra o surto da doença.
A Itália também foi o único país da União Europeia até agora que
proibiu voos de e para a China. Mesmo assim, tornou-se a nação com o maior
surto de coronavírus fora da Ásia nos últimos dias.
Tanto a Organização Mundial do Comércio (OMC) quanto outros
especialistas em doenças contagiosas afirmam que o coronavírus atingiu o
estágio em que pode se espalhar por todo o mundo. A Itália, por exemplo, tinha
apenas três casos conhecidos na semana passada, incluindo dois turistas
chineses, e agora é o país com o terceiro maior número de casos, atrás
apenas da China e da Coreia do Sul.
Vários dos centros industriais italianos enfrentam no momento restrições
a eventos públicos, e doze cidades pequenas, a maioria delas na Lombardia,
onde fica Milão, estão sob quarentena, com os moradores impedidos de deixar a
área.
Depois de um avião da Alitalia vindo de Roma pousar nas Ilhas Maurício na
segunda-feira, as autoridades impediram os passageiros que começaram o trajeto
na Lombardia ou no Vêneto de desembarcarem, citando receios de contágio. A
Alitalia e o Ministério de Relações Exteriores italiano tomaram medidas para
que 40 passageiros voltassem imediatamente para a Itália.
“Seria injusto se outros países começassem a limitar as viagens [de
italianos]”, disse o primeiro-ministro Giuseppe Conte. “Não podemos aceitar
isso.”
Cerca de mil turistas foram colocados em quarentena num hotel nas ilhas
Canárias, na Espanha, depois de um exame mostrar que um hóspede italiano
estava com o coronavírus, disseram as autoridades espanholas ontem. Ainda são
esperados os resultados de um exame comprobatório, mas o paciente italiano
está sendo tratado em quarentena.
Dois italianos da Lombardia também estavam isolados num hospital na
Áustria depois de terem apresentado sintomas e procurado auxílio médico. As
autoridades austríacas disseram que eles também foram contaminados pelo
coronavírus. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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