Porto Alegre, 9 de fevereiro de 2021 – Um especialista da Organização
Mundial da Saúde (OMS) disse hoje que é improvável que o novo coronavírus
tenha escapado de um laboratório chinês, defendendo a possibilidade de ter
sido transmitido por um animal.
O especialista em segurança alimentar e doenças animais da OMS Peter Ben
Embarek fez um resumo da investigação que está sendo feita por uma equipe de
cientistas chineses e da OMS sobre as possíveis origens do novo coronavírus em
Wuhan, a cidade chinesa onde os primeiros casos de covid-19 foram
diagnosticados.
O Instituto de Virologia de Wuhan, um dos principais laboratórios de
pesquisa de vírus da China, construiu um arquivo de informações genéticas
sobre coronavírus em morcegos, após o surto da Síndrome Respiratória Aguda
Grave, que surgiu no país asiático em 2003.
Isso levou a alegações de que a covid-19 poderia ter saído daquelas
instalações, hipótese sugerida pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald
Trump.
Juntamente com cientistas do instituto, a equipe da OMS, que inclui
especialistas de dez países, visitou hospitais, institutos de pesquisa e o
mercado de frutos do mar onde foram diagnosticados os primeiros casos. “As
nossas descobertas iniciais sugerem que a entrada por meio de uma espécie
hospedeira intermediária é o caminho mais provável, o que exigirá mais
estudos e pesquisas mais específicas”, disse Embarek. “No entanto, as
descobertas sugerem que a hipótese de se tratar de um incidente em um
laboratório é extremamente improvável”, acrescentou.
Os investigadores chineses anunciaram que não encontraram o animal que
está na origem do novo coronavírus. A transmissão para o ser humano a partir
de um animal é provável, mas “ainda não foi identificada”, disse Liang
Wannian, chefe da delegação de cientistas chineses.
Wuhan, cidade localizada no centro da China, diagnosticou os primeiros
casos do novo coronavírus no final de 2019, o que as autoridades de saúde
chamaram inicialmente de “pneumonia por causa desconhecida”.
Os investigadores disseram que não encontraram indícios da presença do
vírus em Wuhan antes de os primeiros casos terem sido diagnosticados.
“Nos dois meses anteriores a dezembro, não há evidências de que o [vírus]
estivesse circulando na cidade”, disse Liang, em entrevista sobre os resultados
da investigação.
A missão da OMS sobre as origens da transmissão do vírus é importante
para prevenir a ocorrência de futuras epidemias, mas só se concretizou depois
demais de um ano de os primeiros casos terem sido diagnosticados.
Pequim continuou a negar os pedidos de uma investigação estritamente
independente. A investigação é extremamente sensível para o regime
comunista, cujos órgãos oficiais têm promovido teorias que apontam que o
vírus teve origem em outros países.
A visita dos especialistas ocorre depois de longas negociações com
Pequim, que incluíram uma cobrança por parte da OMS, que afirmou que a China
estava demorando muito para fazer os arranjos finais.
A OMS já tinha alertado que seria necessário ter paciência antes de
encontrar a origem do vírus. As informações partem da Agência Brasil e da
RTP – Rádio e Televisão de Portugal.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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