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CORONAVIRUS: Quadro do Brasil preocupa e não está controlado – pesquisador

20 de agosto de 2021
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Porto Alegre, 20 de agosto de 2021 – O Brasil ainda enfrenta um cenário
preocupante de disseminação da covid-19 e ele pode se agravar caso a
reabertura da economia aconteça rápido demais, afirmou o especialista em
saúde coletiva e pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ),
Guilherme Loureiro, em audiência com uma comissão do Senado.

“A situação momentânea no Brasil é de muita preocupação”, disse ele,
acrescentando que a pandemia por aqui “não está controlada”.

Ele ressaltou que em outros países onde uma parcela maior da população
completou o processo de imunização, o quadro da pandemia de covid-19 piorou
principalmente por causa do advento da variante delta do coronavírus, “que
levou a um crescimento importante das hospitalizações” pela doença.

“Se observarmos a situação destes países, é claro que precisamos nos
preocupar. No Brasil em momento algum houve controle da transmissão
comunitária da covid. Nós vivemos várias situações priores do que a atual e
melhores do que a atual. Mas em todas estas situações o vírus continua
circulando com taxas ainda bastante altas”, afirmou.

“Não podemos deixar o controle da epidemia, particularmente neste momento
grave, apenas para as vacinas, até porque nossa cobertura com duas doses ainda
é relativamente baixa”, disse ele.

O pesquisador comparou o uso das vacinas e sua capacidade de evitar mortes
por covid-19 ao uso de cinto de segurança na prevenção de danos ao motorista.

“A vacina, eu diria, funciona como um cinto de segurança. Protege as
pessoas de um eventual acidente de lesões graves e mortes, mas isso não
autoriza ninguém a dirigir a 150 quilômetros por hora, porque não há cinto
de segurança que vai conseguir ser 100% eficaz nestes casos.”

“Precisamos ajudar as vacinas para que elas tenham efeito desejado. É
preciso que tenhamos responsabilidade em relação a este processo de eventual
reabertura social e econômica no país neste momento em particular”,
acrescentou. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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